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Mais de 100 escritores africanos solidários com protestos anti-racistas

Ondjaki, Grada Kilomba e Pepetela contam-se entre os muitos escritores que condenaram «actos de violência contra pessoas negras» nos EUA, apoiando os protestos naquele país «e em todo o mundo».

Um homem passa por um mural de Freddie Gray perto do local onde Gray foi espancado pela polícia em 2015. Donald Trump foi acusado de racismo depois de chamar à cidade uma caixa de lixo repugnante, infestada de ratos e roedores. Baltimore, EUA.
Um homem passa por um mural de Freddie Gray perto do local onde Gray foi espancado pela polícia em 2015. Donald Trump foi acusado de racismo depois de chamar à cidade uma "caixa de lixo repugnante, infestada de ratos e roedores". Baltimore, EUA.Créditos

Numa carta aberta, divulgada esta terça-feira, 106 escritores africanos condenam os assassinatos de vários cidadãos negros nos EUA, entre os quais George Floyd, um afro-americano de 46 anos, que morreu em 25 de Maio, em Minneapolis (no estado do Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Além de George Floyd, os escritores nomeiam mais de 70 cidadãos negros que morreram nos EUA, em «actos de violência» devido à cor da pele, e cujas mortes foram noticiadas. «E tantos outros nomes, conhecidos e desconhecidos, que representam seres humanos semelhantes a nós. Nosso sangue», acrescentam. 

Desde a divulgação das imagens de George Floyd nas redes sociais, deitado no chão com um polícia branco a pressionar-lhe o pescoço com o joelho, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas.

Na carta aberta, os escritores africanos apoiam os protestos nos Estados Unidos e em todo o mundo. «O nosso povo exige justiça por todo e qualquer assassinato racial, seja pela polícia ou por civis. Estamos cientes de que estes não são protestos tranquilos. Não era o que esperávamos e nem o que deveria ser esperado nos Estados Unidos da América. Os assassinatos não foram praticados silenciosamente. A brutalidade policial e os assassinatos sancionados pelo Estado foram realizados – por parte daqueles que os cometeram – em 'voz alta' e sem medo das consequências», escrevem os signatários.

Os escritores africanos reconhecem «a condenação da União Africana do terrorismo contínuo do governo dos Estados Unidos da América contra todas as pessoas afro-americanas», salientando acreditarem que aquela organização internacional «pode e deve fazer melhor».

A morte de George Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

Os subscritores da carta aberta divulgada ontem exigem «que as instituições jurídicas americanas investiguem – independentemente – todas as mortes por polícias e qualquer queixa contra a violência policial» e que «qualquer acusação seja suspensa sem pagamento até que um julgamento justo liberte estas pessoas das acusações de que são alvo».

«Pedimos, assim, aos Estados Unidos da América que sejam corajosos o suficiente para aderir à sua própria declaração de direitos, para que possa ser uma terra de liberdade para todas as pessoas americanas, independentemente da sua cor, credo, classe, orientação sexual», lê-se na carta.

Os escritores afirmam que «Black Lives Matter» («Vidas Negras Importam») e lembram que não escrevem apenas, também erguem «os punhos em solidariedade com todas as pessoas que recusam o seu silenciamento».

«Aos nossos irmãos e irmãs nos Estados Unidos, estamos do vosso lado», garantem os signatários, pedindo «a todos os seres humanos decentes» que se juntem a eles.

Com agência Lusa

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