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|Panamá

Greves e bloqueios de estradas contra o alto custo de vida no Panamá

A aliança Pueblo Unido por la Vida apelou à intensificação das mobilizações no país centro-americano, esta segunda-feira, quando os protestos contra o custo de vida entram na terceira semana.

Mobilização na Cidade do Panamá 
Mobilização na Cidade do Panamá CréditosLarish Julio / laestrella.com.pa

Este domingo, continuaram as manifestações em território panamenho contra o alto custo de vida, pela contenção dos preços dos bens essenciais, dos combustíveis e medicamentos, e para denunciar a corrupção e as políticas neoliberais do executivo.

Nos protestos viam-se faixas com várias inscrições, como «Amo o meu país, mas o governo dá-me vergonha», «Se deixarem de roubar, o dinheiro chega para todos», «Com corrupção não há paz social».

Dirigentes da aliança Pueblo Unido por la Vida, que reúne vários sindicatos, movimentos, organizações de profissionais, docentes, estudantes, agricultores, entre outros sectores, sublinharam que o governo deve manter apenas uma mesa de negociação com todos aqueles que lutam nas ruas por «justiça social» e apelaram à intensificação dos protestos esta segunda-feira.

Na véspera, o governo do Panamá e a Alianza Nacional por los Derechos del Pueblo Organizado (Anadepo) chegaram a um acordo na província de Veraguas (Ocidente), segundo o qual o executivo se compromete a baixar para 3,25 dólares o preço do galão (3,8 litros) de combustível e a aliança põe fim as todos os cortes de estradas que promovia.

O documento, subscrito em Santiago de Veraguas, refere que o preço é válido tanto para a gasolina como para o gasóleo e que estará sujeito à variação do preço do petróleo nos mercados internacionais ou a situações de custo internacional, refere a TeleSur.

A aliança Pueblo Unido por la Vida, que também tem dinamizado greves e protestos há mais de duas semanas, reagiu de imediato, tendo emitido um comunicado em que afirma não reconhecer os acordos subscritos por outras organizações.

Além disso, instou o executivo panamenho a criar apenas uma mesa de negociação com todos os que protestam nas ruas do país, e denunciou aquilo que considera serem manobras para dividir as forças populares em luta contra o alto custo de vida.

O secretário-geral do Sindicato Único Nacional dos Trabalhadores da Construção (Suntracs), Saúl Méndez, criticou a «irresponsabilidade do governo», por realizar manobras e não entender a necessidade de conversar com «todas as forças que estão em luta».

Não se via este nível de descontentamento popular no Panamá há 33 anos, refere a Prensa Latina, explicando que os protestos ocorrem num contexto de subida da inflação, depois de dois anos de pandemia de Covid-19, de aumento do preço dos combustíveis, num país que apresenta uma taxa de desemprego de 9,9% e 47,6% de trabalho informal.

Para os dirigentes das organizações sindicais e movimentos populares, a questão principal não são os dois centavos a mais ou a menos na quotização dos combustíveis, mas a rejeição de um modelo económico neoliberal que promove a desigualdade e a pobreza.

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