Se, em 1991, o país do Sudeste Asiático registou 144 surtos e mais de um milhão de infecções – que levaram à morte de 4646 pessoas –, o ano passado foram registados apenas 455 casos de pacientes com malária e uma morte.
Os dados são do Instituto Nacional de Malariologia, Parasitologia e Entomologia (NIMPE), que destacou, esta quarta-feira, as «conquistas notáveis» alcançadas ao longo das últimas três décadas pelo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Malária.
Actualmente, a doença não existe em 42 das 58 províncias e cinco cidades com estatuto especial do Vietname. Ainda assim, indica a Vietnam News Agency (VNA), a doença, que é transmitida sobretudo por mosquitos, ainda se desenvolve de forma complicada em muitas localidades, ameaçando mais de 6,8 milhões de pessoas.
No encontro em Hanói, procedeu-se a uma avaliação da execução, em 2022, do programa nacional de prevenção contra a malária e outras doenças transmissíveis por parasitas e insectos, com o Ministério da Saúde a solicitar a revisão e o reajustamento do programa, sob a orientação profissional pertinente, tendo como meta erradicar a doença no país em 2030.
A cubana María Guadalupe Guzmán recebeu esta quinta-feira, em Paris, o Prémio Internacional L'Oréal-Unesco para a Mulher na Ciência, pela investigação que realizou sobre a dengue. Em declarações à imprensa, a cientista afirmou que o prémio que lhe foi concedido pertence a todas as mulheres que fazem ciência em Cuba, país onde 53% dos trabalhadores da ciência e mais de 50% dos investigadores são mulheres – um cenário bem diferente do de outros países neste sector. «É uma grande honra, mas sobretudo é um reconhecimento a todas as mulheres cubanas dedicadas à ciência, vejo-o assim», disse Guadalupe Guzmán à Prensa Latina, em Paris, onde a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) realizou a cerimónia de entrega dos galardões «Mulher na Ciência», referentes à sua edição 24. A Fundação L'Oréal e a Unesco atribuíram o prémio à cientista cubana pelos seus trabalhos pioneiros sobre a dengue e toda uma vida devotada à investigação para prevenir e salvar vidas humanas, recorrendo às biociências. De acordo com uma nota emitida pela Unesco em Setembro do ano passado, ao anunciar a atribuição do prémio, Guzmán destacou-se pela pesquisa em torno da dengue, doença que infecta entre 50 e 100 milhões de pessoas todos os anos, sobretudo nas regiões tropicais e subtropicais. O trabalho da professora e directora do Centro de Investigação, Diagnóstico e Referência do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri permitiu entender melhor a patogénese da dengue, o tratamento dos seus sintomas e a sua prevenção. María Guadalupe Guzmán foi uma das cinco galardoadas com o Prémio Internacional L'Oréal-Unesco para a Mulher na Ciência referente a 2022, tendo obtido a distinção na área geográfica América Latina e Caraíbas. O prémio foi também atribuído à bioquímica norte-americana Katalin Karikó (América do Norte), à neurocientista chinesa Hailan Hu (Ásia e Pacífico), à especialista em saúde pública ruandesa Agnès Binagwaho (África e Estados Árabes) e à embriologista espanhola Ángela Nieto (Europa). Na cerimónia desta quinta-feira, em que foram também entregues os prémios relativos a 2020 e 2021, a directora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, lamentou que as mulheres apenas representem um em cada três investigadores e apenas 10% dos envolvidos no campo da inteligência artificial. «Trabalhemos juntos para eliminar pela base, com o apoio da educação, os estereótipos», disse. A cientista cubana vive num país com uma realidade diferente e, ao intervir, teve palavras de esperança e encorajamento: «A mulher tem um dever perante o mundo e conta com o potencial para chegar tão longe quanto se propõe», afirmou. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Cientista cubana vê trabalho sobre a dengue reconhecido pela Unesco
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Os especialistas defenderam que, para alcançar este objectivo, é necessário reforçar as políticas de apoio aos trabalhadores da Saúde, garantir o financiamento adequado para melhorar a investigação, e aplicar técnicas e tecnologias novas e eficazes na prevenção, detecção e tratamento da doença.
Na conferência, indica a VNA, revelou-se que o ano passado foram registados no país cerca de 360 mil casos de dengue e cem mortes causadas pela doença. Além disso, ficou-se a saber que o NIMPE procedeu à monitorização dos mosquitos que transmitem a dengue em 57 áreas de 12 províncias, tendo descoberto alterações nos comportamentos dos mosquitos, bem como a sua resistência química.
Os responsáveis vietnamitas da Saúde explicaram que, em 2022, foram levadas a cabo campanhas de prevenção e controlo de doenças parasitárias, no âmbito das quais foram desparasitadas mais de 12,8 milhões de crianças dos 24 aos 60 meses, alunos do ensino básico e mulheres em idade reprodutiva.
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