Se, em 1991, o país do Sudeste Asiático registou 144 surtos e mais de um milhão de infecções – que levaram à morte de 4646 pessoas –, o ano passado foram registados apenas 455 casos de pacientes com malária e uma morte.
Os dados são do Instituto Nacional de Malariologia, Parasitologia e Entomologia (NIMPE), que destacou, esta quarta-feira, as «conquistas notáveis» alcançadas ao longo das últimas três décadas pelo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Malária.
Actualmente, a doença não existe em 42 das 58 províncias e cinco cidades com estatuto especial do Vietname. Ainda assim, indica a Vietnam News Agency (VNA), a doença, que é transmitida sobretudo por mosquitos, ainda se desenvolve de forma complicada em muitas localidades, ameaçando mais de 6,8 milhões de pessoas.
No encontro em Hanói, procedeu-se a uma avaliação da execução, em 2022, do programa nacional de prevenção contra a malária e outras doenças transmissíveis por parasitas e insectos, com o Ministério da Saúde a solicitar a revisão e o reajustamento do programa, sob a orientação profissional pertinente, tendo como meta erradicar a doença no país em 2030.
Os especialistas defenderam que, para alcançar este objectivo, é necessário reforçar as políticas de apoio aos trabalhadores da Saúde, garantir o financiamento adequado para melhorar a investigação, e aplicar técnicas e tecnologias novas e eficazes na prevenção, detecção e tratamento da doença.
Na conferência, indica a VNA, revelou-se que o ano passado foram registados no país cerca de 360 mil casos de dengue e cem mortes causadas pela doença. Além disso, ficou-se a saber que o NIMPE procedeu à monitorização dos mosquitos que transmitem a dengue em 57 áreas de 12 províncias, tendo descoberto alterações nos comportamentos dos mosquitos, bem como a sua resistência química.
Os responsáveis vietnamitas da Saúde explicaram que, em 2022, foram levadas a cabo campanhas de prevenção e controlo de doenças parasitárias, no âmbito das quais foram desparasitadas mais de 12,8 milhões de crianças dos 24 aos 60 meses, alunos do ensino básico e mulheres em idade reprodutiva.