Esta terça-feira, teve lugar na Casa Amarela, na capital venezuelana, a apresentação do Mapa Geopolítico das Sanções, que, segundo explicou William Castillo, vice-ministro das Políticas Anti-bloqueio do Ministério da Economia, Finanças e Comércio, constitui «uma ferramenta informativa on-line para ligar 30 países que são alvo de medidas coercivas unilaterais» e serve para «dar visibilidade ao esforço mundial contra o bloqueio».
Na sessão de apresentação do mapa ao corpo diplomático, ao Grupo de Amigos de Defesa da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e a organizações sociais, participaram outras figuras de peso do governo venezuelano, como a vice-presidente da República, Delcy Rodríguez, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil.
Gil afirmou que «as sanções persistem como uma prática do imperialismo, que tanto dano causa aos povos do mundo», indica a VTV.
«Se foi a partir de 2017 que assistimos a uma formalização das sanções, o nosso país foi assediado com sanções quase desde o momento em que o Comandante Hugo Chávez, em 1999, chegou à presidência da República, mandatado pelo povo», disse.
O diplomata sublinhou que a primeira sanção imposta foi «toda a campanha mediática aplicada contra a Venezuela, contra a sua revolução e contra a designação "venezuelano" a partir dos grandes centros de poder do mundo».
Por seu lado, William Castillo defendeu que se justifica a construção de uma ferramenta que integre informação sobre as medidas coercivas unilaterais impostas aos povos do mundo.
«É um problema global, é um problema que afecta 30 dos mais de 190 estados-membros da ONU, que afecta milhões de pessoas e transacções económicas e comerciais em todo o mundo, e que causa grandes danos», declarou.
Já a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, destacou a importância de «nos agruparmos com países bloqueados para trocar informação, para seguir estes mecanismos perversos e actuar de forma conjunta», lê-se na conta de Twitter @AntibloqueoVen.
Lembrando que 30 países foram alvo de sanções – o que representa 28% da população mundial –, afirmou que se trata de um problema do mundo.
Neste sentido, Rodríguez sublinhou que a Venezuela coloca esta ferramenta – que irá ajudar investigadores, jornalistas, políticos a aferir o impacto das sanções a nível global – ao serviço de todos, tanto dos países que já são vítimas das sanções como daqueles que o podem vir a ser.
Maduro: «sistema de pagamentos russo Mir constrói um novo sistema financeiro mundial»
Na segunda-feira, no seu programa «Con Maduro +», o presidente venezuelano recordou que o país caribenho foi vítima de sanções e bloqueios, com o intuito de o «isolar monetária e financeiramente» do mundo, de forma «injusta e criminosa».
Destacou, no entanto, que o Banco Central da Venezuela trouxe uma «boa notícia, a de que nos vamos integrar no sistema de pagamentos criado pela Rússia, utilizado por muitos países do mundo, que é o sistema Mir».
«Estamos a construir sistemas financeiros e monetários do mundo novo», disse Nicolás Maduro, referindo-se à questão do sistema Mir como uma das medidas promovidas pelo executivo venezuelano para enfrentar as sanções ilegais de que o país foi alvo por parte do imperialismo norte-americano e aliados.
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