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|Colômbia

Governo colombiano e ELN iniciam cessar-fogo com participação da sociedade

Num acto em Bogotá, com a presença de cerca de 3000 pessoas de territórios afectados pelo conflito, governo e Exército de Libertação Nacional (ELN) oficializaram o Comité Nacional da Participação.

Instalação do Comité Nacional de Participação, em Bogotá, a 3 de Agosto de 2023 
Créditos / @infopresidencia

Governo da Colômbia e ELN deram início, oficialmente, esta quinta-feira, a um cessar-fogo por 180 dias, no contexto da política de Paz Total promovida pelo executivo de Gustavo Petro, que discursou no evento, assim como representantes das delegações das partes envolvidas nas negociações.

Na capital do país sul-americano, numa cerimónia liderada pelo presidente Petro, procedeu-se à instalação do Comité Nacional de Participação – uma instância provisória, integrada por 81 delegados, ontem apresentados, que representam organizações sociais, sindicais, empresariais, movimentos de vítimas, entre outros sectores.

A função deste Comité consiste em recolher contributos e reunir solicitações da sociedade e levá-los à mesa de diálogo, com vista a erradicar a violência.

«O objectivo da participação é o de construir uma agenda de transformações que implique um grande acordo nacional para ultrapassar o conflito armado e social», disse na ocasião a delegada da parte governamental na mesa de negociações, Nigeria Rentería.

Por seu lado, a delegada do ELN, Consuelo Tapias, destacou a necessidade de ser «eficazes» e «concretizar factos de paz» de modo a «parar as ameaças e mortes de dirigentes nos territórios», indica a TeleSur.

Com o Comité Nacional de Participação, procura-se dar cumprimento a quatro objectivos fundamentais: apresentar um plano para promover e facilitar a intervenção da sociedade; promover e desenvolver espaços de diálogo; sistematizar as diferentes propostas dos processos sociais convocados; contribuir para a construção do Acordo Nacional.

O titular da delegação do ELN, Pablo Beltrán, destacou, durante o evento, a importância do trabalho com participação da sociedade para «construir uma visão comum de paz» e saudou a presença de centenas de habitantes de regiões distantes do país, que historicamente mais sofreram com a guerra.

«Comove-me ver pessoas de todos os recantos do país, que passaram mais de um dia num autocarro para estar aqui», disse.

Instalação do Comité Nacional de Participação, em Bogotá, a 3 de Agosto de 2023 / @infopresidencia

Já o presidente da Colômbia exortou o Congresso a assumir a responsabilidade histórica de transformar este acordo numa norma para a sociedade.

«É convocando todas as forças políticas da sociedade colombiana a ajudar a forjar o Acordo Nacional e a torná-lo realidade», sublinhou Petro no seu discurso.

«Então, pergunto ao Congresso da República de hoje: Está disposto a assumir a responsabilidade histórica de tornar vinculativo, ou seja, norma da sociedade os desenvolvimentos de um Acordo Nacional na Colômbia?», questionou.

A instalação do Comité Nacional de Participação, esta quinta-feira, segue-se à assinatura, no passado dia 9 de Junho, por representantes do governo colombiano e da ELN, dos chamados Acordos de Cuba, durante o terceiro ciclo de conversações de paz, celebrado em Havana.

Então, dando cumprimento ao acordo, a Mesa de Diálogo foi declarada em «actividade permanente», e foi decretado um cessar-fogo bilateral, que ontem entrou em vigor, por um período de seis meses, que contará com um mecanismo de verificação liderado pelas Nações Unidas.

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