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Ferroviários argentinos avançam para a greve e pedem unidade

Rubén Sobrero, secretário-geral da Seccional Oeste de la Unión Ferroviaria (UF), pediu «unidade» às quatro estruturas que representam os trabalhadores da empresa Trenes Argentinos.

Créditos / pagina12.com.ar

Num vídeo divulgado nas redes sociais, Sobrero pediu a todos os sindicatos do sector ferroviário que adiram à greve nacional de 24 horas convocada para amanhã pelo sindicato La Fraternidad.

«A perda do nosso poder de compra chega a 50% em dois meses deste governo do ultraliberal Javier Milei; as privatizações põem em risco a nossa estabilidade laboral e os nossos colegas reformados recebem as reformas mais baixas dos últimos tempos», defendeu o dirigente da UF.

Além disso, Rubén Sobrero reclamou de forma clara às centrais sindicais CGT e às duas CTA* que «convoquem um plano de luta para derrotar este plano de fome».

«Pedimos a todos que haja unidade total dos trabalhadores, sejam de que sindicato forem [porque] a situação é muito complicada e a unidade do movimento operário mostrou que não há barreiras capaz de a travar», frisou.

Na passada sexta-feira, o sindicato La Fraternidad, que representa os maquinistas, anunciou uma paralisação nacional de 24 horas nos serviços ferroviários argentinos.

Num comunicado assinado pelo seu secretário-geral, Omar Maturano, a estrutura sindical justifica a medida aludindo à falta de negociação colectiva e à não existência de uma proposta salarial «adequada à inflação galopante».

«Temos de fazer uma greve por nós e também pelos reformados, pelo trabalho», explicou Maturano em declarações à Destape Radio.

«Empobrecimento colectivo»

Tendo em conta os aumentos verificados recentemente nos preços dos transportes públicos, da alimentação, da electricidade, dos medicamentos, entre outros, e o fracasso nas negociações salariais, Héctor Daer, dirigente da Confederação Geral do Trabalho (CGT), acusou o executivo de Milei e o patronato levarem a cabo «um empobrecimento colectivo».

«Com estas políticas, o cenário tornar-se-á insustentável para o povo», alertou.


* Central de Trabajadores y Trabajadoras de la Argentina (CTA) e Central de Trabajadores y Trabajadoras de la Argentina Autónoma (CTA Autónoma).

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