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|Bolívia

Evo Morales denuncia regresso da ditadura à Bolívia

O presidente constitucionalmente eleito sublinha a resistência do povo boliviano perante a violência e o regresso da ditadura. Desde as eleições de Outubro já foram contabilizadas, pelo menos, 23 mortes.

CréditosJorge Abrego / EPA

Entrevistado pela TeleSur, Morales sustenta a denúncia nos actos de violência e forte repressão que está a ser exercida pelo governo de Jeanine Áñez, presidente interina autoproclamada de forma inconstitucional

«O povo boliviano e o mundo inteiro sabem que nós trouxemos estabilidade política. Falavam da "ditadura de Evo", mas é ao estado actual da Bolívia que podemos chamar ditadura: forças armadas e polícia contra o povo, balas. Ontem [sexta-feira] registaram-se acima de 130 feridos, como se pode entender isto?», indagou o presidente constitucionalmente eleito.

Morales sublinha a resistência e valentia do povo boliviano na luta pela democracia e alerta para a censura imposta à comunicação social pelo governo de Áñez. «Agora sim, não há liberdade de expressão» na Bolívia, afirmou. 

«O ministro da Comunicação que responde pela ditadura na Bolívia disse que os jornalistas sediciosos, nacionais e internacionais, serão submetidos e farão cumprir a Constituição, imagine-se. O que pode ser entendido das suas palavras? Isto vem silenciar a imprensa», alertou.

Evo Morales sublinhou ainda a destruição, por parte dos interesses imperialistas dos EUA, dos processos de integração em toda a América Latina, frisando a «enorme responsabilidade» dos povos na libertação dos intrumentos de regulação do sistema capitalista.

Golpe continua a semear vítimas

Este sábado, quatro pessoas morreram em manifestações na Bolívia, elevando para, pelo menos, 23 o número de vítimas fatais desde o início do golpe de Estado.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), já denunciara em comunicado «o uso desproporcional da força policial e militar», ao recorrerem a armas de fogo para reprimir as manifestações.

Ontem, o governo de Jeanine Áñez argumentou que o decreto que isenta polícias e militares da responsabilidade criminal não é uma «licença para matar», depois de o ministro interino, Xerxes Justiniano, ter afirmado numa conferência de imprensa que a medida emitida na sexta-feira «não contribui para nenhum estado de maior violência», mas é um instrumento para «contribuir para a paz social».

A resposta surgiu na sequência de uma acusação feita pela CIDH de que esta regra assinada pela presidente autoproclamada «ignora os padrões internacionais» de direitos humanos e «estimula a repressão violenta».

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