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EUA: mais mortes por armas de fogo entre a população infanto-juvenil

Um estudo publicado esta segunda-feira pela revista Pediatrics revela que as armas de fogo continuaram a ser, em 2021, a principal causa de morte de crianças e adolescentes feridos nos EUA.

Mobilização de protesto contra as armas, intitulada «Marcha pelas Nossas Vidas», em Nashville, estado de Tennessee, a 3 de Abril de 2023 
Mobilização de protesto contra as armas, intitulada «Marcha pelas Nossas Vidas», em Nashville, estado de Tennessee, a 3 de Abril de 2023 Créditos / Al Mayadeen

Com 4752 casos, as mortes relacionadas com armas de fogo entre a população infantil e juvenil dos Estados Unidos bateram um recorde em 2021, ultrapassando os níveis alarmantes de 2020.

Nesse ano, verificou-se um aumento substancial de casos e as armas de fogo tornaram-se a primeira causa de morte entre esta camada populacional, por comparação com outras causas de morte associadas a lesões, revela uma investigação da American Academy of Pediatrics (Academia Norte-americana de Pediatria).

Baseando-se nos registos de mortalidade dos Centros para o Controlo e a Prevenção de Doenças em todos os estados do país, a análise indica que, entre 2018 e 2021, se registou um aumento 41,6% de falecimentos entre menores por questões associadas às armas de fogo.

Neste sentido, os autores do estudo, dirigido por Chethan Sathya, director do Centro de Prevenção de Violência Armada no Centro Northwell, consideraram como «essencial» a implementação de estratégias e políticas de prevenção junto das comunidades com maior risco.

No estudo, liga-se este aumento de casos aos «picos substanciais» nas compras de armas registados durante o surto epidémico de Covid-19, com «cerca de 30 milhões de crianças a viverem em casas com armas de fogo, um factor de risco conhecido para uma lesão pediátrica com armas de fogo».

Aumento «preocupante» e «disparidades»

As mortes de menores norte-americanos em acidentes de viação, por envenenamento, queda, asfixia, afogamento ou incêndio têm à frente uma outra causa desde 2020: as armas de fogo.

No que respeita a 2021, o estudo regista não só o aumento de casos como diversas «disparidades». Entre outros aspectos, revela que 84,8% dos casos de mortes relacionadas com armas de fogo nos Estados Unidos dizem respeito a crianças e jovens do sexo masculino, que 81,4% destas mortes ocorreram com adolescentes mais velhos (15-19 anos) e que quase dois terços se deveram a homicídios.

Em termos de «disparidades raciais», o estudo afirma que a taxa de mortalidade devida a homicídios foi, em 2021, 11 vezes superior entre os menores negros, por comparação com as crianças e os jovens brancos.

A investigação agora publicada na Pediatrics regista igualmente «disparidades geográficas», sendo maior ou substancialmente mais elevada a incidência de mortes com armas de fogo entre a população infanto-juvenil em estados do Sudeste e Centro-Oeste dos EUA.

Outro aspecto destacado pelo estudo é a relação entre níveis elevados destas mortes e níveis elevados de pobreza.

Num país que se destaca pelo enorme número de armas de fogo nas mãos de civis e em que a violência a elas associada é encarada como uma «epidemia», os autores sublinham a necessidade urgente de implementação de estratégias que permitam evitar estas mortes, em especial junto de crianças e adolescentes em maior risco.

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