No decorrer da inspecção aos bairros de Alepo recentemente libertados pelo Exército sírio e seus aliados, os militares russos encontraram valas comuns com dezenas de cadáveres de sírios que «foram brutalmente torturados», revelou, esta segunda-feira, o major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério russo da Defesa.
«A muitos, faltam-lhes partes do corpo, e a maioria foi morta com um tiro na cabeça», referiu Konashenkov, acrescentando que não põe de lado a possibilidade de nos próximos dias serem descobertas mais valas comuns. «Muito provavelmente, isto é só o início», disse.
Os militares russos encontraram ainda sete depósitos com munições «suficientes para armar vários batalhões de infantaria», três tanques, dois canhões, dois lança-mísseis múltiplos e «inúmeros morteiros artesanais e lança-foguetes», bem como numerosos documentos.
Konashenkov precisou que os militantes da chamada «oposição moderada» que combateram em Alepo Oriental «colocaram minas em todos os locais possíveis: nas ruas, nas entradas dos edifícios, em carros e motas abandonadas, e até em brinquedos», informam a RT e a TeleSur.
Derrubar mitos
Todos este factos «estão a ser documentados de forma rigorosa como crimes de guerra perpetrados pelos terroristas», salientou, e serão amplamente divulgados «para que os patrocinadores europeus dos chamados "opositores" de Londres e Paris se apercebam de quem são, realmente, aqueles que apoiam e da sua responsabilidade pelas atrocidades» cometidas.
O fim da operação humanitária do Centro russo para a Reconciliação na Síria «derrubará inúmeros mitos com que os políticos ocidentais alimentaram a comunidade internacional ao longo dos anos», sublinhou o porta-voz do Ministério da Defesa russo.
«Os únicos que até ao momento não se conseguiu encontrar em Alepo Oriental foram os ditos "socorristas voluntários" dos Capacetes Brancos», ironizou.
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