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Dois presos em greve de fome nas cadeias israelitas

Com o protesto, os presos querem denunciar as condições duras e desumanas nos cárceres israelitas. No domingo, um tribunal aprovou o prolongamento da detenção de Mahmoud Nawajaa, do movimento BDS.

Mural solidário com os presos palestinianos numa rua de Belfast, no Norte da Irlanda
Mural solidário com os presos palestinianos numa rua de Belfast, no Norte da Irlanda CréditosBen Kerckx / 972mag.com

O prisioneiro Khalil Abu Aram, um dos dois em greve de fome, encontra-se na prisão israelita de Ashkelon, revelou esta segunda-feira o Palestinian Information Center, com base numa informação divulgada pela Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP).

De acordo com a SPP, as autoridades israelitas têm estado a adiar de forma deliberada a autorização para Abu Aram ver o seu filho Ahmad, que se encontra preso desde 2019 na prisão de Negev ao abrigo do regime de detenção administrativa, sem julgamento nem culpa formada.

Os presos palestinianos costumam recorrer à greve de fome quando não há hipótese de diálogo com as forças de ocupação. É o caso de Abu Aram, que não vê o filho há vários anos, apesar dos pedidos reiterados.

Por seu lado, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos informou que Maher al-Akhras se encontra em greve de fome há oito dias, em protesto contra a sua detenção arbitrária.

Akhras terá sido raptado por tropas israelitas no mês passado, quando estava em casa, na cidade de Jenin (Margem Ocidental ocupada), revela a PressTV. Na quinta-feira da semana passada, um tribunal israelita prolongou a sua detenção, com o pretexto de dar ao Shin Bet – serviço de segurança interna israelita – mais tempo para o interrogar.

No domingo, revela a mesma fonte, dezenas de palestinianos participaram num protesto solidário frente à casa de Akhras, denunciando a política israelita de detenções arbitrárias.

Tribunal prolonga detenção de dirigente do movimento BDS

Um tribunal militar israelita deu provimento, este domingo, ao pedido feito pelo Shin Bet para manter mais duas semanas na cadeia Mahmoud Nawajaa, um dirigente destacado do movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções).

Nawajaa foi raptado de sua casa, na aldeia de Abu Qash, perto de Ramallah, no passado dia 30 de Julho, informa o Peoples Dispatch, precisando que foi algemado e vendado em frente da sua mulher e três filhos, de madrugada, numa das operações das forças de ocupação israelitas.

Mahmoud Nawajaa é, há vários anos, coordenador da Comissão Nacional do movimento BDS na Palestina. Em reacção à situação, Omar Barghouti, co-fundador do BDS, afirmou que a audiência em tribunal «seguiu o precisamente o guião da repressão do Shin Bet, que nos faz lembrar os tempos do Apartheid na África do Sul».

«Sem acusações ou a mínima prova, lançam mentiras escandalosas contra defensores dos direitos humanos palestinianos, como Mahmoud, para os difamar e tornar mais fácil o prolongamento da sua detenção pelos tribunais militares, maus-tratos e, muitas vezes, interrogatórios cruéis», denunciou.

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