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Direita venezuelana promove tentativa de golpe no Parlamento

A direita venezuelana decidiu ontem, em sessão parlamentar extraordinária, avançar com um processo de julgamento ao presidente Nicolás Maduro. O «povo chavista» mobilizou-se contra o «golpe», interrompendo a sessão.

Os defensores da da Revolução Bolivariana mobilizaram-se contra a tentativa de golpe, ontem, na Assembleia Nacional, em Caracas
Os defensores da da Revolução Bolivariana mobilizaram-se contra a tentativa de golpe, ontem, na Assembleia Nacional, em CaracasCréditosAVN

Com maioria na Assembleia Nacional, a direita venezuelana aprovou, este domingo, o «Acordo para a restituição da ordem constitucional na Venezuela», alegando que o «regime de Nicolás Maduro» cometeu «um golpe de Estado». No documento, declara-se que serão nomeados novos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e novos magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), e que terá início um processo de julgamento político do Presidente da República, por ter alegadamente dupla nacionalidade e por «abandono de funções», informa a Alba Ciudad.

Esta jogada da oposição ao governo de Maduro, que se ausentou do país para efectuar uma ronda por países exportadores de petróleo, segue-se à decisão do CNE de suspender de forma temporária o referendo para a revogação do mandato do chefe de Estado, promovido pela Mesa de Unidade Nacional (MUD), depois de sete tribunais do país terem suspendido a segunda fase do processo, devido à existência de diversas irregularidades na recolha de assinaturas.

Tentativa de golpe de Estado parlamentar

Na sessão de ontem, deputados da direita como Julio Borges e Freddy Guevara apelaram ao «direito à rebelião», acusando o governo bolivariano de se ter transformado numa «vil ditadura».

Por seu lado, Luis Florido disse que uma comissão parlamentar se deslocará à Organização de Estados Americanos (OEA) para exigir a «aplicação da Carta Democrática» contra a Venezuela e que irá ao Tribunal Penal Internacional para denunciar os membros do CNE e os juízes e magistrados responsáveis pelas decisões recentes sobre o referendo para a revogação do presidente Maduro.

Povo mobilizado

Inconformado com o rumo dos acontecimentos, um grupo de defensores da Revolução Bolivariana entrou nas instalações do Palácio Federal Legislativo, sede da Assembleia Nacional, ocupando o hemiciclo durante uns 20 minutos e fazendo ouvir palavras de ordem contra aquilo a que chamaram uma tentativa de golpe de Estado. A sessão foi depois retomada. Novas mobilizações em defesa da Revolução foram agendadas para hoje e amanhã.

«Muito povo para defender a pátria»

O deputado Héctor Rodríguez, do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV), afirmou que a Assembleia Nacional não tem condições para impor um golpe de Estado parlamentar. «Tentam copiar a triste realidade de outros países latino-americanos aprovando um documento que promove o desconhecimento da realidade institucional do nosso país», disse.

«Infelizmente, hoje assistimos a um capítulo do circo em que se transformou a Assembleia Nacional, [quando] pensávamos que vinham com um debate sério, com argumentos», disse Rodríguez à TeleSur, acrescentando: «Na Venezuela vai prevalecer a paz e a democracia. (...) Hoje, ficou claro para eles que não se podem meter com o povo, que não se ameaça os chavistas. (...) Nesta Revolução, há muito povo para defender a Pátria».

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