Nos centros de ensino de todo o país caribenho, assinala-se o dia dedicado a quem se dedica a ensinar e a educar. Presidente da República, Parlamento, tutela, personalidades, organizações e sindicatos louvaram o papel desempenhado na sociedade pelos docentes cubanos, que são hoje mais de 250 mil.
O chefe de Estado, Miguel Díaz-Canel, felicitou os docentes cubanos no seu dia, escrevendo na sua conta de Twitter: «Poucos dias são tão felizes no calendário escolar como o de hoje, quando celebramos os educadores cubanos. Obrigado pela constância e a entrega, pela superação e a criatividade. Todos somos um pouco filhos dos nossos professores.»
Na mesma rede social, o presidente do Parlamento de Cuba, Esteban Lazo, destacou «o papel decisivo e a entrega quotidiana» destes profissionais «na formação e na educação do nosso povo, guiados pelo exemplo daqueles que levaram a cabo a histórica Campanha de Alfabetização».
Por seu lado, a ministra da Educação, Ena Elsa Velázquez, enviou uma carta de saudação aos trabalhadores do sector, indica a Prensa Latina, na qual afirmou que o país necessita de uma educação inclusiva e de qualidade para todos.
No dia anterior, 21, representantes do Ministério da Educação Superior distinguiram com a Medalha José Tey docentes de várias instituições e universidades, pelos seus contributos para a formação das novas gerações de profissionais.
Cuba: território livre de analfabetismo há 61 anos
A 22 de Dezembro de 1961, na Praça da Revolução, em Havana, Fidel Castro anunciou o fim da Campanha de Alfabetização iniciada a 1 de Janeiro desse ano e declarou Cuba como Território Livre de Analfabetismo. «Ganhámos uma grande batalha», disse. A data passou a ser assinalada como o Dia do Educador.
Em Setembro de 1960, Fidel Castro havia anunciado nas Nações Unidas: «(...) no próximo ano, o nosso povo propõe-se travar a sua grande batalha contra o analfabetismo, com a meta ambiciosa de ensinar a ler e a escrever até ao último analfabeto.»
Como resultado da campanha, que envolveu milhares de voluntários em todo o território cubano, mais de 700 mil analfabetos aprenderam a ler e escrever, e Cuba passou a estar entre os países com uma das taxas mais baixas de analfabetismo.
A campanha avançou num contexto marcado pela hostilidade crescente dos Estados Unidos, que se empenhava a fundo no fracasso do processo de transformação revolucionário por que a Ilha passava.
No entanto, como lembra a agência cubana, nem o corte de relações dos EUA com Cuba, nem a invasão da Baía dos Porcos, nem a luta dos mercenários e sublevados em vários pontos da Ilha conseguiram travar o êxito campanha, que foi uma vitória também por permitir criar as bases do sistema de educação universal e gratuito em todos os níveis, que se mantém como uma das prioridades do Estado cubano.
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