|Síria

Deslocados sírios regressam a localidade próxima de Damasco

Os habitantes de Ain al-Fijeh, 25 quilómetros a noroeste de Damasco, começaram a regressar a suas casas. Apesar das sanções impostas ao país árabe, as autoridades esforçam-se para o tornar mais seguro.

Uma refugiada síria e os seus filhos preparam-se para regressar a casa, em 3 de Julho de 2018.
Uma refugiada síria e os seus filhos preparam-se para regressar a casa, a 3 de Julho de 2018 CréditosRuth Sherlock/NPR / WUWM 89.7

Ain al-Fijeh, localizada nas margens do Rio Barada e perto da auto-estrada Damasco-Beirute (na província de Damasco Rural), tem importância estratégica, também porque as suas nascentes de água doce abastecem quatro milhões de pessoas na capital síria.

Grupos extremistas ocuparam a cidade entre 2012 e Janeiro de 2017, quando dali foram expulsos, após intensos combates com o Exército Árabe Sírio.

Durante a celebração de uma festa popular, esta terça-feira, o governador da província de Damasco Rural, Safwan Abu Sadaa, não esqueceu os militares que deram a vida para libertar a Ain al-Fijeh do terrorismo e enalteceu os esforços daqueles que tornaram realidade «o regresso digno e seguro» dos deslocados, refere Fady Marouf, correspondente da Prensa Latina na Síria.

Festa em Ain al-Fijeh / PL

As autoridades de Damasco Rural conseguiram remover os escombros das ruas, reabilitar e pôr a funcionar as infra-estruturas de água, electricidade e saneamento, e, além disso, foram tomadas medidas para facilitar o regresso das famílias, disse à imprensa Mohammed Shabli, o presidente do município de Ain al-Fijeh.

O autarca disse ainda que foram plantadas 4000 árvores, para recuperar a mancha verde, bastante afectada pelas acções dos terroristas, e que foram tomadas medidas com vista à reabertura das instalações turísticas que existiam ali antes da guerra.

Alguns dos habitantes sublinharam que «esperavam por este dia com ansiedade há cinco anos». «É como um sonho feito realidade e, a partir de agora, vamos trabalhar para recuperar e reconstruir as nossas casas, e retomar os nossos trabalhos», acrescentaram.

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Refugiados sírios no Líbano continuam a regressar ao seu país

Centenas de refugiados sírios que residiam no Líbano voltaram, este sábado, às suas terras, no âmbito das garantias dadas pelas autoridades de Damasco com vista a assegurar um regresso seguro e fluido.

Estima-se que um quarto dos refugiados sírios no Líbano tenham regressado à Síria  
Créditos / Prensa Latina

Três grupos de deslocados entraram ontem em território sírio, através dos postos fronteiriços de Dabousiyah, na província de Homs, e de al-Zamrani e Jdeidit Yabous, na província de Damasco Rural.

Segundo explicou Fady Issa, director do posto de Dabousiyah, na fronteira com o Norte do Líbano, foram simplificados os procedimentos para quem entra no país e são-lhe oferecidos serviços de saúde e meios de transporte para que cheguem a suas casas com segurança.

Além disso, indica a Prensa Latina com base na imprensa local, são registados os dados pessoais das famílias retornadas, incluindo as localidades a que regressam, com o propósito de acompanhar a sua situação e proporcionar-lhes ajuda humanitária.

PL

Por seu lado, equipas de saúde realizam exames médicos aos retornados e só este sábado vacinaram mais de 150 crianças contra várias doenças.

No passado dia 26 de Outubro (ver vídeo abaixo), procederam da mesma forma perante dois contingentes de refugiados provenientes de território libanês que regressam às terras que o Exército Árabe Sírio e os seus aliados – Rússia, Hezbollah, Irão, milícias palestinianas, entre outros – libertaram do terrorismo.

Embora não exista um número oficial de sírios que voltaram a suas casas a partir do Líbano, o Departamento de Segurança Geral libanês estima que sejam mais de 500 mil e que lá continuem cerca de um milhão e meio, refere a Prensa Latina.

Em declarações recentes, o ministro sírio da Administração Local, Hussein Makhlouf, disse que cinco milhões de deslocados internos e de refugiados no estrangeiro regressaram às suas casas, metade dos quais desde 2018.

Na mesma ocasião, no passado dia 20 de Outubro, o titular da pasta destacou o grande trabalho do executivo sírio para conseguir que os refugiados regressem a suas casas, nomeadamente através da reconstrução de infra-estruturas e serviços.

Isto, num contexto em que as medidas coercivas unilaterais impostas ao país pelos EUA e aliados dificultam a criação das condições para o regresso dos refugiados a casa.

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Mesmo no contexto da escalada de sanções impostas ao país árabe pelo Ocidente, cinco milhões de deslocados internos e refugiados regressaram a suas casas, metade deles desde 2018, revelou recentemente o ministro sírio da Administração Local, Hussein Makhlouf, tendo destacado o trabalho árduo que se está a realizar para assegurar esse retorno.

A continuidade deste esforço, mesmo nas condições difíceis que o país enfrenta, foi garantida pelo ministro sírio do Interior, Mohammed al-Rahmon, no encontro que manteve ontem com o chefe da missão do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Sivanka Dhanapala.

Minas antipessoais continuam a matar

Um jovem de 17 anos, ontem, e outro de 15, na terça-feira, são as vítimas mortais mais recentes das minas deixadas para trás por grupos terroristas.

O primeiro faleceu ao detonar uma mina deixada nos campos pelo Daesh, quando guardava o gado, na província de Hama, tendo chegado já sem vida ao hospital, esta quarta-feira, refere a agência Sana. O segundo morreu em circunstâncias idênticas nos campos agrícolas da província de Deir ez-Zor, confirmaram fontes hospitalares.

De acordo com dados recentes divulgados pelo departamento anti-minas das Nações Unidas na Síria, entre 2015 e 2022, cerca de 15 mil pessoas morreram ou ficaram feridas no país ao fazerem explodir minas.

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Autoridades sírias confirmam aumento de mortes por explosões de minas

O director do Departamento de Medicina Legal na Síria informou esta quinta-feira que pelo menos 120 pessoas faleceram, em 2022, em resultado da explosão de minas deixadas por grupos terroristas.

Créditos / Prensa Latina

O número de vítimas inclui 96 homens e 24 mulheres, e corresponde aos primeiros seis meses deste ano, disse o médico Zaher Hajo em declarações citadas pelo diário al-Watan.

O responsável disse ainda que, por comparação com anos anteriores, se regista um aumento no número de mortos.

Na tentativa de travar o avanço do Exército sírio, os grupos jihadistas colocaram bombas, minas anti-tanque, minas anti-pessoais e outros artefactos em ruas, casas e terras agrícolas.

Com o regresso de civis deslocados às zonas libertadas, têm sido comuns as detonações destes artefactos, que provocam dezenas de vítimas mortais e feridos.

Esta quinta-feira, duas crianças, de 11 e 12 anos, ficaram feridas ao fazerem explodir uma mina deixada por terroristas do Daesh no Bairro de al-Rashidiya, em Deir ez-Zor, noticiou a agência SANA.

Na segunda-feira passada, a explosão de uma mina deixou ferido um homem na aldeia de Suha, província de Hama. Fontes locais, referidas pela SANA, indicaram que a mina tinha sido colocada por membros do Daesh (Estado Islâmico).

Há uma semana, pelo menos 11 civis perderam a vida e outros 25 ficaram feridos quando a camioneta que os levava para a ceifa do trigo, na província de Daraa, fez explodir uma mina, igualmente colocada por terroristas do Daesh.

O Exército sírio, com o apoio da Rússia e de outros países amigos, tem levado a cabo extensas operações de desminagem nas regiões libertadas, com o objectivo de que a população possa regressar o mais brevemente possível à normalidade.

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No final de Novembro, Husam al-Din Alaa, representante da Síria junto das Nações Unidas em Genebra (Suíça), afirmou que as sanções impostas ao seu país pelos EUA e aliados colocam dificuldades aos trabalhos de desminagem rápida e eficiente.

Apesar da escassez de recursos financeiros e técnicos, o diplomata destacou que a Síria conseguiu desmantelar mais de 180 mil minas e outros artefactos explosivos deixados no terreno pelos terroristas.

«O Exército sírio desactivou mais de 50 mil artefactos explosivos, 84 mil projécteis não detonados e 45 mil minas de diversos tipos, e limpou mais de 55 mil hectares de minas e munições», disse Alaa ao intervir na 20.ª reunião dos estados-parte da Convenção sobre a Proibição da Utilização, Armazenagem, Produção e Transferência de Minas Antipessoal e sobre a Sua Destruição.

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