Nas suas redes sociais, Néstor Rego, deputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG) no congresso espanhol, denuncia o bloqueio de um conjunto de órgãos de comunicação social na Galiza por parte de operadores de telecomunicações como a Movistar. A revista e fundação Tierra e Tempo (publicada desde 1965), o jornal digital Quepasanacosta (da região da Costa da Morte) ou a cooperativa Miudiño (um organização dirigida às crianças como foco musical e ambiental), são alguns dos exemplos destacados pelo deputado.
São «práticas abusivas e sem controlo», considera Néstor Rego, tomadas a «pretexto de combater a pirataria» e a exibição ilegal de jogos de futebol online. «O Governo deve tomar acção sobre este assunto, perante o repetido bloqueio de milhares de sites».
Se não o fizer, o Estado «estará a abandonar as suas funções, deixando-as em mãos privadas, que agem em benefício próprio e sem controle». Aliadas à Liga Nacional de Fútbol Profesional (LaLiga), as empresa bloqueiam milhares de sites nos dias de jogos de futebol, sobretudo durante os fins-de-semana.
O BNG apresentou uma moção no congresso para travar os «bloqueios indiscriminados» que afectam páginas de negócios, aplicações e espaços culturais «lícitos e legais». A questão, no entanto, para Néstor Rego, não precisa sequer de chegar tão longe: o nacionalista galego assume uma posição de princípio – «é incompreensível que empresas privadas possam bloquear páginas web», sem prestar contas ao Estado.
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