As «campanhas de incitamento e hipocrisia» lançadas pelo establishment do Reino Unido e da União Europeia (UE) relativamente à situação na província de Daraa «fazem parte da sua política hostil anti-síria e do seu apoio ao terrorismo», denunciou esta quinta-feira o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros.
Num comunicado divulgado pela agência SANA, o governo sírio afirma que as declarações proferidas «desmascaram a tentativa frustrada dos seus promotores de aliviar a pressão sobre os terroristas».
O documento sublinha que as autoridades sírias estiveram «determinadas em resolver a situação na região Sul pela via do diálogo» e «procurando evitar confrontos que pudessem ferir pessoas inocentes».
«No entanto, os grupos terroristas estão ainda empenhados em frustrar qualquer acordo e em fazer escalar a situação na região, cumprindo ordens dos seus operadores», diz o comunicado.
O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirma que «as campanhas de mentiras e calúnias não irão dissuadir Damasco de prosseguir a luta contra o terrorismo, libertar as terras e devolver a segurança e a estabilidade a todo o país», sublinhando que nenhuma parte da Síria será excepção, «independentemente da força da oposição de alguns países».
Situação tensa e vários ataques de terroristas a civis e militares
A situação na província de Daraa é tensa, depois de grupos extremistas se terem recusado a aceitar a reconciliação proposta pelo governo sírio, que implica a entrega do armamento ligeiro e a instauração da autoridade do Estado.
Há três anos, no Verão de 2018, o Exército Árabe Sírio e forças aliadas libertaram praticamente todo o Sul do país, no âmbito da Ofensiva do Sudoeste, graças também a acordos de reconciliação patrocinados pela Rússia, em que os terroristas aceitavam render-se e entregar o armamento pesado e semi-pesado, sendo evacuados, assim como os seus familiares, para a província de Idlib.
De acordo com a imprensa síria, o Exército lançou agora uma operação militar contra os esconderijos dos terroristas que permaneceram na província de Daraa e que frustraram o acordo de reconciliação alcançado em 2018.
De acordo com Damasco, a província, junto à fronteira com a Jordânia, tem sido alvo de ataques e atentados frequentes nos últimos tempos, sobretudo contra militares sírios, mas também contra alguns civis e autoridades locais.
Para o governo sírio, que acusa os grupos extremistas de estarem a cumprir instruções dos seus financiadores e patrocinadores no estrangeiro, a libertação total de Daraa afigura-se de crucial importância, tendo em conta a proximidade dos Montes Golã ocupados por Israel.
As provas da colaboração estreita, a nível militar e médico, do Estado sionista com os terroristas acumularam-se ao longo dos anos.
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