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CIG denuncia «campanha» contra greve dos trabalhadores da metalurgia em Ourense

Os trabalhadores da metalurgia na província de Ourense estão em luta por um acordo colectivo digno e agendaram nova manifestação para esta segunda-feira. A CIG alerta para a criminalização do sindicalismo.

Trabalhadores do sector metalúrgico, em greve, manifestam-se em Ourense, Galiza, a 29 de Setembro de 2022 
Trabalhadores do sector metalúrgico, em greve, manifestam-se em Ourense, Galiza, a 29 de Setembro de 2022 Créditos / CIG

A greve por tempo indefinido, iniciada a 5 de Outubro – depois de dois dias de greve, a 28 e 29 de Setembro –, mantém-se porque, segundo refere a Confederação Intersindical Galega (CIG), a proposta patronal é «insuficiente», não garantindo sequer a manutenção do poder de compra.

Neste sentindo, a central sindical apela à participação na manifestação convocada para esta segunda-feira à tarde em Ourense (19h30), que irá insistir na exigência de um acordo digno para o sector metalúrgico.

Na mesma nota, a GIG denuncia «a campanha pública de criminalização do sindicalismo, do direito à greve e da luta dos trabalhadores por um salário digno, que está a ocorrer estes dias em torno da greve por tempo indefinido» nos sectores siderúrgico e metalúrgico.

Trata-se de uma campanha «absolutamente obscena e abusiva», nas palavras da central de classe galega.

Como exemplo, o secretário da GIG de Ourense, Anxo Pérez Carballo, refere que está a procurar centrar o conflito numa pessoa em concreto, alterando o conteúdo de vídeos gravados e publicados, contando aquilo que «no vídeo não se chega nem a ver» e violando o direito fundamental à presunção de inocência.

Carballo diz que a perseguição atinge tal nível que se «condena à partida» o secretário da Federação da Indústria da CIG de Ourense, quando o caso está a ser investigado na Justiça, «acusando-o de factos muito graves e agressões físicas».

No entanto, refere a central galega, no vídeo divulgado pelo periódico La Región, «vê-se claramente que o agredido» é o dirigente sindical, pelo que a CIG, náo tolerando «este brutal ataque ao direito à greve e de manifestação», vai exigir ao jornal uma rectificação pública.

Se tal não se verificar, os serviços jurídicos da CIG vão estudar a possibilidade de avançar com acções na Justiça.

O secretario da CIG de Ourense sublinha que o critério do jornal em causa já não se lhe serve para aferir «o comportamento repressor e ameaçador de empresas que literalmente impõem aos seus trabalhadores o "legítimo direito ao trabalho" sob a ameaça de despedimento».

Além do apoio total ao camarada responsável pela Federação da Indústria na comarca, a GIG apoia sem reservas a greve no sector metalúrgico de Ourense, por «um acordo digno e um salário justo», disse Anxo Pérez Carballo.

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