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China pede mais apoio para a OMS e critica saída dos EUA

A China instou o mundo a reforçar o multilateralismo e a aumentar o apoio político e financeiro à Organização Mundial da Saúde, para «garantir conjuntamente a segurança da saúde pública global».

Um funcionário da China National Pharmaceutical Group (Sinopharm) trabalha com testes de vacinas contra a Covid-19 numa unidade de produção de vacinas em Pequim
CréditosZhang Yuwei / Xinhua

O apelo foi feito esta segunda-feira por Zhao Lijian, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, no decorrer de uma conferência de imprensa de resposta à saída recente dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Zhao disse que o mundo «não está de acordo» com a acção dos EUA, que caracterizou como «egoísta e de fuga à responsabilidade», e que, nas suas palavras, «prejudica a luta global contra a Covid-19», informa a agência Xinhua.

«Na verdade, já se tornou um hábito os Estados Unidos abandonarem os seus compromissos», disse Zhao, acrescentando que esta acção «expõe uma vez mais a prática norte-americana do unilateralismo e da política de poder».

«Enquanto organismo internacional constituído por 194 estados soberanos, a OMS não serve os interesses de nenhum país em particular e não deve diferenciar nenhum país, para que lhe proporcione mais fundos do que outros», referiu.

Neste sentido, o responsável chinês defendeu que, tendo em conta a Covid-19, «as tentativas de reprimir ou chantagear a OMS mostram indiferença pelas vidas e constituem um desafio ao humanitarismo», que, em seu entender, o mundo irá rejeitar com toda a certeza.

Por seu lado, a China continuará a agir como «um país responsável», disse Zhao, sublinhando que o país asiático «apoiará de forma consistente o papel de liderança da OMS na cooperação global para lutar contra a Covid-19».

Vacina pode estar pronta no fim deste ano

Uma vacina que está a ser desenvolvida na China contra a Covid-19 poderá estar pronta no fim de 2020 ou no início do ano que vem, revelou ontem a agência Xinhua, tendo por base a informação divulgada pelo China National Biotec Group (CNBG).

O CNBG, grupo subsidiário da empresa estatal China National Pharmaceutical Group (Sinopharm), indicou que tem duas vacinas na fase II dos testes clínicos e que aumentou a capacidade de produção.

De acordo com a mesma fonte, mais de 2000 pessoas receberam a vacina e os dados apontam para «segurança e eficácia», uma vez que as reacções adversas são bastantes inferiores às geradas por outros produtos semelhantes.

Para aumentar a capacidade de produção, a empresa construiu uma grande unidade em Pequim, que pode produzir entre 100 e 120 milhões de vacinas contra a Covid-19 por ano.

Uma outra unidade de produção, em Wuhan, deverá estar concluída no final deste mês ou no início de Julho. Juntas, as duas unidades devem ser capazes de produzir 200 milhões de vacinas por ano.

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