Luis Enrique Pérez, que lidera o grupo de médicos do país caribenho a prestar serviço na Calábria, sublinhou em declarações à agência Prensa Latina que a meia centena de especialistas, a que se juntaram outros 120 a 4 de Agosto último, estão a escrever «uma nova página da colaboração» com Itália no sector da Saúde.
«Pelo seu profissionalismo, humildade e capacidade de enfrentar qualquer dificuldade para cumprir a tarefa encomendada, os membros desta brigada de saúde tornaram-se merecedores, durante este ano de intenso trabalho, do respeito e do agradecimento do povo, assim como do governo calabrês», frisou.
Há um mês, no passado dia 26 de Novembro, durante uma sessão de homenagem ao líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, por ocasião do sétimo aniversário do seu falecimento, as autoridades políticas e sanitárias da Calábria reconheceram o trabalho realizado pelos especialistas cubanos na área da Saúde, refere a agência.
Roberto Occhiuto, presidente da Calábria, e Mirta Granda Averhoff, embaixadora de Cuba em Itália, destacaram então o desempenho da brigada cubana nos hospitais de Polistena, Gioia Tauro, Locri e Melito Porto di Salvo, que teve como resultado uma melhoria nos indicadores de saúde nesta região do Sul de Itália.
Nos últimos meses, deram «um contributo fundamental para a nossa região, para manter abertos os hospitais e dar respostas aos pacientes», disse Occhiuto em Agosto, quando mais 120 médicos cubanos se juntaram ao primeiro contingente, tendo acrescentado que, quando anunciou que iria contratar médicos cubanos, «muitos me criticaram pela iniciativa, e hoje todos em Itália me querem imitar».
Há um ano, 51 médicos – 38 homens e 13 mulheres – chegaram à Calábria no âmbito de um acordo firmado entre as autoridades da região e as de Cuba. A brigada do país antilhano cobre nove especialidades e possui ampla experiência, uma vez que, na maior parte dos casos, os seus membros prestaram serviços em vários países.
Esta ajuda solidária no sector da Saúde em Itália, lembra a fonte, dá continuidade à que teve lugar em 2020 por brigadas do Contingente Médico Henry Reeve nas cidades de Crema (Lombardia) e Turim, no Norte do país, durante a pandemia de Covid-19.