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Bolsonaro vaiado no estado do Amapá, há 3 semanas sem electricidade

Desde 3 de Novembro que o Amapá (Norte do Brasil) vive no escuro. No sábado, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, deslocou-se à capital do estado, Macapá, mas não foi bem recebido.

Comunidade da 10.ª Avenida do Congós, localizada numa área de palafita, na periferia de Macapá, capital do Amapá
Comunidade da 10.ª Avenida do Congós, localizada numa área de palafita, na periferia de Macapá, capital do Amapá CréditosDayane Oliveira / Brasil de Fato

O estado do Amapá, junto à fronteira com a Guiana Francesa e o Suriname, está há 21 dias em modo de apagão, sem que as autoridades consigam restabelecer o serviço de fornecimento de energia eléctrica.

Para piorar este cenário de privação de direitos essenciais, na madrugada de segunda-feira choveu muito na capital, Macapá, que registou inundações em várias ruas do centro.

Chuvas fortes dos últimos dias provocaram inundações e curto-circuitos em Macapá CréditosNúbia Pacheco / Brasil de Fato

O Bairro Brasil Novo, onde tinha sido possível restabelecer temporariamente o fornecimento de energia eléctrica, voltou a sofrer cortes, provocados pelas precipitações fortes. Vários postes entraram em curto-circuito, informa o Brasil de Fato.

Sobre esta situação, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) afirmou, numa nota, que «a situação foi causada pela ventania após uma tempestade que ocorreu na capital no domingo (22)». O prazo para o restabelecimento total da energia é o fim deste mês.

Bolsonaro vaiado e denunciado

O presidente brasileiro, que não se tinha pronunciado sobre a situação dos amapaenses desde o início da crise energética, deslocou-se no sábado passado a Macapá, para pôr em funcionamento dois geradores termoeléctricos da Unidade Termoeléctrica Santana II.

A medida, autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, prometia ser uma solução temporária para o regresso da população à normalidade. Contudo, dos 45 megawatts contratados, apenas 20 foram ligados, pelo que a população se mantém no apagão e em sistema de utilização rotativa.

Jair Bolsonaro fez questão de chegar à cidade sem máscara, tal como membros da sua comitiva, apesar de as autoridades sanitárias terem registado um aumento de 250% de casos de infecção por Covid-19 no estado. Ele e a sua comitiva foram vaiados e insultados nas ruas de Macapá.

Cerca de 300 pessoas participaram num protesto no dia 18, exigindo a normalização do serviço / Maksuel Martins / Brasil de Fato

No dia anterior, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos denunciaram o presidente brasileiro junto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que integra a Organização de Estados Americanos (OEA), indica o portal Brasil de Fato.

De acordo com a imprensa, que divulgou a denúncia esta segunda-feira, ambos os organismos pediram à CIDH que se pronuncie por forma a garantir a defesa da vida e da integridade física das comunidades quilombolas do estado do Amapá, afectadas pelo apagão.

Crise energética no Amapá

O apagão começou no passado dia 3, deixando 13 dos 16 municípios do estado completamente no escuro. Depois disso, as pessoas passaram quatro dias sem luz, água e outros serviço essenciais.

No dia 7, teve início o funcionamento de um sistema rotativo, em que a havia e deixava de haver luz consoante um cronograma elaborado pela CEA. No entanto, refere o Brasil de Fato, várias pessoas afirmam que o sistema nunca funcionou como o previsto.

No dia 17, a população enfrentou outro apagão geral, ficando novamente na escuridão. As autoridades prevêem que a situação esteja normalizada no próximo dia 26.

Fornecimento normalizado

Um transformador levado para a capital do estado do Amapá começou a funcionar esta terça-feira, segundo informação divulgada pela Linhas de Macapá Transmissora de Energia.

Por seu lado, a CEA, responsável pela distribuição, confirmou que o fornecimento de energia eléctrica tinha sido restabelecido a 100% nos 13 municípios do estado que estavam sem luz desde 3 de Novembro, há 22 dias. O apagão afectou 750 mil pessoas, refere o Brasil de Fato.

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