No encontro com a imprensa, que ontem teve lugar em Damasco, sírios e russos abordaram os esforços realizados para levar a «normalidade» de volta às zonas libertadas do terrorismo e para ali fixar as populações que se viram obrigadas a fugir para o estrangeiro ou a deslocar-se para outras regiões do país.
O ministro da Administração Local e Meio Ambiente, Hussein Makhlouf, falou do modo como o Estado sírio fez frente à guerra terrorista e abordou as suas consequências, nas áreas humanitária e social, tendo ainda feito referência aos 16 decretos de amnistia emitidos pelo presidente da Síria, Bashar al-Assad.
No que respeita ao esforço de reconstrução e ao acolhimento da população deslocada, Makhlouf disse que foram construídos 93 centros de acolhimento e recuperadas 19 736 casas danificadas, acrescentando que centenas de milhares de refugiados regressaram do estrangeiro e quase quatro milhões de deslocados voltaram às suas casas, indica a agência SANA.
Revelou também que a Comissão de Reconstrução e Reabilitação de Infra-estruturas Danificadas e Indemnização por Danos, criada em 2012, centrou o seu trabalho na compensação por danos à propriedade, tendo gasto cerca de 20 milhões de dólares.
Hussein Makhlouf denunciou que o bloqueio injusto e as medidas coercivas unilaterais impostas pelos estados que apoiam o terrorismo na Síria continuam a dificultar o regresso dos deslocados e a impedir a estabilidade, além de afectarem a situação económica e social, sobretudo a área da Saúde.
Em sentido semelhante expressou-se o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Sousan, ao afirmar que a ocupação norte-americana é a principal razão para o agravamento da situação e o não regresso à segurança e à estabilidade, tendo sublinhado que o terrorismo económico e as sanções são outra dimensão da guerra norte-americana contra a Síria.
Coordenação com a Rússia e «sacrifícios» do Exército Árabe Sírio
O general Vyacheslav Cetnik, do Centro de Coordenação da Rússia no país árabe, afirmou que esta entidade levou a cabo 2666 operações humanitárias em todas as províncias da Síria entre Setembro e Novembro deste ano, e que monitoriza a reconstrução de infra-estruturas e instalações públicas.
Por seu lado, o chefe do Departamento Político do Exército Árabe Sírio, major general Hassan Suleiman, sublinhou que, «depois de dez anos da guerra terrorista imposta à Síria, podemos dizer com segurança que passámos a etapa mais difícil, apesar da presença de alguns focos que recebem apoio directo dos ocupantes norte-americano e turco».
Referiu ainda a existência de várias células do Daesh que actuam em regiões do deserto com o apoio e a cobertura de Washington, e destacou que «a normalidade regressou a todas as áreas libertadas graças aos sacrifícios e heroísmo do Exército Árabe Sírio com a ajuda dos amigos e dos aliados russos».
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