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Ataque a mesquita deixa feridos mais de 200 palestinianos

Prossegue a acção terrorista de Israel que, depois de anunciar que quer desalojar dezenas de famílias em Sheikh Jarrah (Jerusalém), atacou esta noite a mesquita de Al-Aqsa, que estava cheia.

Israeli security forces are seen as they enter Al-Aqsa Mosque in Jerusalem, intervene Muslim worshippers with stun grenade during prayer on May 7, 2021.
CréditosMostafa Alkharouf / Anadolu Agency

A cidade ocupada de Jerusalém continua palco de violações aos direitos do povo palestiniano, que se tem manifestado, pese embora a forte repressão israelita, contra a intenção da expulsão de dezenas de famílias das suas casas no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém.

Esta noite, foram mais de 200 aqueles que ficaram feridos na sequência de um ataque das forças policiais israelitas à mesquita Al-Aqsa, enquanto centenas rezavam no âmbito da época sagrada para os muçulmanos, o Ramadão.

Regista-se, entre os feridos, perdas de um olho e ossos partidos, por terem sofrido do impacto de balas de borracha, granadas de atordoamento e canhões de água. Terá contribuído para agravar o estado de saúde destas pessoas, o facto de que, durante horas, equipas médicas estiveram impedidas prestar auxílio aos feridos.

Para além dos feridos, de acordo com a WAFA, só hoje tinham sido detidos mais 13 palestinianos adolescentes que protestavam após as suas casas terem sido atingidas por ataques israelitas na zona velha de Jerusalém, mas também nos bairros de Silwan, Ras al-Amoud, Isawiyya, e al-Tur.

Recorde-se que as populações têm-se manifestado, nos últimos dias, contra a decisão de um tribunal israelita de expulsar dezenas de famílias palestinianas de suas casas no bairro Sheikh Jarrah, para as destruir e aí construir novos colonatos.

Mesmo sob a violência israelita, os palestinianos já demonstraram intenção de continuar a sua luta, com manifestações convocadas para hoje, em diversas cidades, em resposta à agressão ao seu povo e ao ataque feito aos crentes que rezavam na mesquita Al-Aqsa.

O Conselho Nacional Palestiniano recordou ao mundo que se trata de um crime de limpeza étnica, que é feito com recurso à violência, ao terrorismo e a métodos coercivos que violam as Convenções de Genebra.

Neste sentido, foram enviadas cartas a chefes parlamentares de países árabes, islâmicos, africanos e asiáticos, assim como ao Parlamento Europeu e a outras instituições supranacionais, e ainda a presidentes de parlamentos nacionais de todos os continentes, com intuito de reforçar a necessidade de estes confrontarem o poder ocupante pelos seus crimes.

Diversos países e instituições já condenaram «fortemente» as mais recentes acções de violência do Estado de Israel contra o povo palestiniano, assim como requereram a urgente intervenção da comunidade internacional.

Um povo que não desiste da sua justa luta

Realizou-se hoje em Damasco, na Síria, uma manifestação com a participação de milhares de refugiados palestinianos e sírios para expressar o seu apoio à resistência contra a ocupção israelita.

Esta acção é organizada no âmbito do Dia Internacional de Jerusalém e os participantes levaram uma maqueta da mesquita Al-Aqsa, bandeiras sírias, palestinianas e de países e movimentos que apoiam a resistência a Israel e aos EUA em toda a região.

Recorde-se que este dia é assinalado desde 1979, no último sábado do mês do Ramadão, em todas partes do mundo, com o objectivo de se demonstrar a solidariedade para o povo palestiniano.

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