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Aldeia beduína no deserto do Neguev demolida mais de 200 vezes por Israel

As forças israelitas demoliram, esta terça-feira, a aldeia de al-Araqib, localizada no deserto do Neguev, pela 202.ª vez desde 2000 e pela sexta vez este ano.

Al-Araqib foi demolida seis vezes em 2022 (imagem de arquivo) 
Al-Araqib foi demolida seis vezes em 2022 (imagem de arquivo) Créditos / imemc.org

«De cada vez que a aldeia é demolida, com o pretexto da construção ilegal, os seus residentes palestinianos regressam e reconstroem as suas casas, num claro desafio à tentativa israelita de os desalojar da terra em que vivem há décadas», afirma a agência WAFA.

Esta manhã, militares israelitas entraram na localidade e retiraram de lá à força os seus habitantes, na maioria mulheres e crianças. Posteriormente, as escavadoras deitaram abaixo as habitações construídas com madeira, plástico e folha de zinco.

Em al-Araqib, vivem 22 famílias – cerca de 800 pessoas –, que se dedicam à agricultura e à criação de gado, refere a WAFA.

Em Maio de 2018, quando a aldeia foi demolida pela 143.ª vez, a Quds Press destacou que os palestinianos ali residentes eram duramente multados por Israel, que lhes imputa os custos dos processos de demolição. Mas nem isso lhes tirava a determinação de permanecer na aldeia, insistindo que «continuarão a reconstruí-la».

Aldeias «não reconhecidas» no Neguev

Estas demolições levadas a cabo sucessivamente por Israel visam forçar a população beduína a mudar-se para zonas designadas pelo governo israelita. No deserto do Neguev (Naqab, em arábe), naquilo que é hoje o Sul de Israel, vivem cerca de 240 mil beduínos, na sua grande maioria em aldeias «não reconhecidas» pelo Estado sionista.

As aldeias com este estatuto «desaparecem» dos mapas oficiais, sendo que os seus habitantes não têm morada e vivem sob a ameaça constante de expulsação e de verem as suas casas demolidas.

As autoridades israelitas, que não lhes reconhecem os seus direitos sobre a terra e os consideram «ocupantes» em «terras estatais», não lhes fornecem serviços básicos como água e electricidade, e excluem-nos do acesso a serviços de saúde e educação.

Estas aldeias «não reconhecidas» foram criadas no Neguev pouco depois da criação do Estado de Israel, no âmbito da qual cerca de 750 mil palestinianos foram expulsos de suas casas e se tornaram refugiados, indica a agência Ma'an.

Muitos dos beduínos foram transferidos à força para as aldeias de onde os querem expulsar agora, no período de 17 anos em que os palestinianos que permaneceram em Israel estiveram sob regime militar. Este regime terminou pouco antes de, em 1967, Israel ocupar militarmente a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.

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