A greve, que durava há meses, terminou oficialmente esta quarta-feira, anunciou o sindicato Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA), através de comunicado.
As reivindicações dos actores passavam por melhores salários, numa indústria atingida pelo advento do streaming, e salvaguardas face à inteligência artificial. O sindicato prometeu que «mais detalhes serão divulgados» na sexta-feira, mas na rede social X (ex-Twitter) já adiantou algumas pistas sobre o que foi alcançado.
«Chegámos a um contrato que permitirá aos membros do SAG-AFTRA de todas as categorias construir carreiras sustentáveis. Muitos milhares de artistas, agora e no futuro, beneficiarão deste trabalho», revelou.
Os 160 000 actores, bailarinos e duplos membros do SAG-AFTRA ainda têm de aprovar o novo acordo colectivo numa votação que irá decorrer nos próximos dias. Entretanto, a estrutura sindical regista que o mesmo inclui, por exemplo, remunerações mais elevadas para conteúdos streaming e maior protecção dos direitos de autoria dos escritores perante o uso de inteligência artificial.
As greves dos trabalhadores de Hollywood provocaram uma das maiores paralisações da indústria do cinema e audiovisual dos EUA dos últimos 60 anos. Para além de uma minoria de celebridades de renome, a maior parte dos actores estavam a ter cada vez mais dificuldade em sobreviver, tendo alguns deles de encontrar outros empregos. «Agradecemos também aos nossos irmãos sindicalizados – os trabalhadores que impulsionam esta indústria – pelos sacrifícios que fizeram ao apoiar a nossa greve e a do Writers Guild of America», acrescenta o sindicato.
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