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|Crise humanitária

28 milhões em risco de fome extrema na África Oriental

«Com o desenrolar da crise na Ucrânia, há um enorme perigo de que a comunidade internacional não responda adequadamente ao escalar da fome na África Oriental». Pode vir a ser tarde demais.

CréditosYahya Arhab/EPA / Agência Lusa

«É urgente uma mobilização massiva de ajuda humanitária internacional para evitar a miséria e ajudar as 21 milhões de pessoas que já enfrentam níveis muitos graves de fome», advoga o comunicado da Oxfam, uma das maiores organizações não-governamentais de luta contra a pobreza do mundo.

A situação muito frágil, social e económica, desta região é agravada, nos últimos tempos, «por conflitos armados e políticos, cheias, e um período de seca que dura já há dois anos – sem precedentes em 40 anos – em vários países da África Oriental».

O aumento dos preços provocado pela pandemia de Covid-19, na área alimentar, já tinha deixado vários países africanos com poucas capacidades para combater, com eficácia, as muitas situações de carência verificadas. «A crise na Ucrânia traz novas consequências para estas populações, aumentando os preços de comida e comodidades para lá do que estes governos conseguem pagar».

Muitos destes países, principalmente a Etiópia, Quénia, Somália e Sudão do Sul, importam cerca de 90% do seu trigo da Ucrânia e da Rússia. Os preços já estão a disparar. Na Somália já se paga o dobro (por cereais) do que se pagava no mesmo período do ano passado.

«O mundo não pode continuar a falar até à inércia, enquanto milhões de pessoas são atiradas para a carência alimentar extrema. Não agir, agora, seria imoral e o abandono dos nossos imperativos humanitários», defendeu Gabriela Bucher, directora executiva da Oxfam.

A realidade já é, neste momento, dramática: mais de 13 milhões de pessoas da Etiópia, Quénia e Somália, só no primeiro trimestre de 2022, tiveram de se deslocar na região em busca de água e pastagens. Mais de um milhão teve de fugir da cheias que assolaram o Sudão do Sul, uma região que sofre a pior praga de gafanhotos dos últimos 70 anos, destruíndo as colheitas.

No Quénia, uma redução de 70% em todas as colheitas agrícolas, levou à declaração de um desastre natural: metade das famílias no país é forçada a viver de apoios e comprar comida a crédito; Quase um milhão de cabeças de gado morreram na Somália, atirando milhares de famílias dependentes da pastorícia sem nada.

«Apenas 3%, de um total de seis mil milhões que constavam do apelo de ajuda humanitária das Nações Unidas, foram recolhidos até ao momento».

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