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Mostra de Cinema Indígena, Negro e Periférico

«Piracema Nu Bai – Mostra de Cinema Indígena, Negro e Periférico» é um projecto internacional que se realiza de 3 a 7 de Junho, e reúne cineastas indígenas da América Latina e realizadores negros residentes em Portugal e na Europa.

Fotograma do filme «Ibirapema», realizado em 2022 por Olinda Tupinambá. Olinda Muniz Silva Wanderley é uma jornalista, cineasta e produtora brasileira, de origem Tupi, que usa o nome artístico de Yawar (Jaguar) Tupinambá
Fotograma do filme «Ibirapema», realizado em 2022 por Olinda Tupinambá Créditos

A mostra, que vai decorrer em vários espaços da Grande Lisboa (Casa do Comum, cinema Fernando Lopes e Mbongi 67), propõe um olhar inovador sobre cinematografias historicamente marginalizadas no circuito cultural, promovendo o encontro entre diferentes expressões estéticas e experiências de resistência. Enquanto cineastas e pensadores indígenas, estarão presentes Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó (Brasil), Francisco Huichaqueo (Chile), Citlalli Andrago e Joshi Espinosa (Equador), que dialogarão com realizadores e artistas afro-descendentes e negros, como Falcão Nhaga, Pocas Pascoal, Ilda Vaz, Denise Santos e Maíra Zenun.

«Piracema», palavra de origem Tupi, designa o movimento dos peixes que sobem o rio rumo à nascente. «Nu Bai», expressão do crioulo cabo-verdiano, significa «nós vamos». Juntas, as palavras evocam um gesto colectivo e afirmativo de deslocamento, encontro e transformação.

«Piracema Nu Bai» dá continuidade à experiência da Mostra Ameríndia – Percursos pelo Cinema Indígena no Brasil (2019) e estabelece pontes entre cinematografias indígenas e negras, cujas linguagens e narrativas se entrelaçam em contracorrente.

Em paralelo à programação cinematográfica, terá lugar entre  4 a 6 de Junho, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, o encontro científico «Reflorestar o património: Museus e a retomada dos povos indígenas», uma reflexão crítica sobre os museus como territórios em disputa e espaços possíveis de cura, escuta e reencantamento, a partir das cosmopolíticas indígenas.

A organização está a cargo do projecto europeu EDGES: Entangling Indigenous Knowledges in Universities e do CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa.

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