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«Gaza mon amour» é o candidato da Palestina aos Óscares

Realizado pelos gémeos Tarzan e Arab Nasser, a co-produção portuguesa é a candidata da Palestina a uma nomeação para o Óscar de melhor filme em língua estrangeira.

O filme realizado por dois jovens palestinianos estreou, este ano, no Festival de Veneza e é uma co-produção da Palestina, França, Alemanha, Portugal e Qatar. Gaza, mon amour foi posteriormente exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto 2020, onde ganhou o Prémio NETPAC (Network for the Promotion of Asian Cinema), que distingue os melhores filmes asiáticos em festivais seleccionados do mundo inteiro.

De acordo com produtora Pandora da Cunha Telles, além da rodagem em Portugal, a co-produção portuguesa passou ainda pelo trabalho de som, caracterização e mistura. O filme conta com apoio do Instituto do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) e da RTP e terá estreia nos cinemas portugueses no primeiro trimestre de 2021.

O Algarve proporcionou os locais para as filmagens das cenas situadas nas praias e no mar de Gaza, interditados pelo bloqueio israelo-egípcio.

Inspirado numa situação verídica ocorrida em Gaza, em 2014, o filme conta a história de Issa (Salim Dau), um pescador de Gaza, de 60 anos, secretamente apaixonado pela modista Siham (Hiam Abass), cuja sorte muda quando recolhe na sua rede de pesca uma escultura fálica do deus grego Apolo.

Nascidos em Gaza em 1988, Tarzan e Arab Nasser estrearam-se em 2013 com a curta-metragem Condom Leade fizeram a primeira longa um ano depois, intitulada Dégradé, estreada na Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes.

A Palestina submete, desde 2003, filmes para nomeação para os prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (AMPAS) na categoria de melhor filme em língua estrangeira. Paradise Now, em 2006, e Omar, em 2013, alcançaram a nomeação para o Óscar.

A participação da Palestina no concurso tem sido objecto de controvérsia instigada pelo lóbi pró-israelita.

Em 2002 o filme Intervenção Divina não foi aceite, alegadamente porque a Palestina não era reconhecida internacionalmente como um país, se bem que outras entidades sem reconhecimento internacional, como Hong Kong, Porto Rico e Taiwan participassem há muito tempo no concurso. Acabou por ser aceite no ano seguinte.

Quando Paradise Now, em 2006, conseguiu obter uma nomeação para o Óscar, como representante da Palestina, o lóbi pró-israelita levou a Academia a designá-lo como representante da Autoridade Palestina. Perante os protestos do realizador, Hany Abu-Assad, como compromisso, o filme acabou por ser anunciado como representante dos Territórios Palestinos.

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