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A Escola da Noite faz 30 anos

A companhia de teatro de Coimbra teve a primeira aparição pública a 27 de Março de 1992. Desde então, estreou 72 novas criações, ao longo de três décadas de trabalho contínuo.

CréditosEduardo Pinto / A Escola da Noite

A Escola da Noite arranca o ano de comemorações de 30 anos de existência com «Trabalhos de Casa», um ciclo de quatro dos seus mais recentes espectáculos que será apresentado no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB), em Coimbra, entre Janeiro e Abril de 2022.

Os dois primeiros, em co-produção com o Centro Dramático de Évora (Cendrev), são as mais recentes abordagens d'A Escola da Noite ao universo vicentino: Embarcação do Inferno, estreado em 2016, e Floresta de Enganos, estreado em Évora no passado mês de Dezembro

Palhaço velho, precisa-se e Cidade, Diálogos são os dois outros espectáculos que voltam ao palco do TCSB, «construídos a partir da escrita contemporânea, linha de trabalho que ocupa dois terços do conjunto das produções da companhia», refere a companhia em comunicado.

A peça Palhaço velho, precisa-se é uma revisitação à obra do romeno Matéi Visniec, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos, de quem o grupo apresentou já dois outros espectáculos. Cidade, Diálogos, que encerra a mostra «Trabalhos da Casa», adapta uma obra não teatral de Gonçalo M. Tavares, prosseguindo assim uma via de experiências cénicas que a companhia tem empreendido com autores como Ruy Duarte de Carvalho, Kafka, Adélia Prado, Manoel de Barros, entre outros.

O ciclo, que promove a «proximidade» e a «leitura do percurso artístico d'A Escola da Noite», arrancou esta quinta-feira com a estreia, em Coimbra, de Floresta de Enganos. 

Segue-se Embarcação do Inferno, que será apresentada de 15 a 27 de Fevereiro e Palhaço velho, precisa-se, de 24 de Março a 3 de Abril. Cidade, Diálogos será apresentada de 14 a 30 de Abril, mas o programa completo das comemorações dos 30 anos vai estender-se, segundo a companhia, até 27 de Março de 2023.

A companhia de teatro fez a sua primeira prova pública de existência a 27 de Março de 1992, com a estreia de Amado Monstro, de Javier Tomeo. Desde então, «estreou 72 novas criações, ao longo de três décadas de trabalho contínuo e regular, sem interregnos, que o grupo deseja celebrar com o público».

No seu manifesto inicial (1992), a companhia afirmava querer «contribuir, pela sua visão e interesses teatrais próprios, para a diversificação do olhar e do espectro de escolha do espectador». «Defendia-se, assim, a autonomia da criação artística, mas reservando um papel decisivo, constituinte e integrado no processo evolutivo da companhia para um público que se desejava crítico e próximo», lê-se na nota. 

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