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Em «A Noite dos Visitantes», ocupação não rima com emancipação

O texto, encenado nos idos de 1978, volta ao palco em Julho, nas Caldas da Rainha com renovada actualidade, numa coprodução do Teatro da Rainha com o Teatro das Beiras.

CréditosPaulo Nuno Silva / Teatro da Rainha

Uma família camponesa tem a sua casa invadida, passando as suas vidas a estar ao dispor do visitante. A cobiça, a violência imposta por aqueles que detêm mais força, a luta pela sobrevivência daqueles que, mesmo tendo pouco, ainda assim são atacados, é o enredo base de A Noite dos Visitantes de Peter Weiss, com tradução de Mário Barradas e encenação de Fernando Mora Ramos.

Uma interpretação física e divertida, rimada e até mesmo musical, apresenta ao público o texto politizado, mas também alegórico. O grande tema das invasões, do imperialismo, da tortura e do terror ganha forma numa peça popular, lúdica e deliberadamente antinaturalista.

A direcção de Fernando Mora Ramos revisita o texto, que o próprio representou nos idos de 1978, agora com interpretações de Fábio Costa, Hâmbar de Sousa e Tiago Moreira, Benedita Mendes, Miguel Brás e Sónia Botelho.

As sessões nas Caldas da Rainha são a 3 e 4 de Julho no Nadadouro e Carvalhal Benfeito, às 21h30 respectivamente. Retomam depois a 15 a 21 do mesmo mês, às mesmas horas, nas Ruína da Antiga Casa da Cultura, no Parque D. Carlos I. No final de Julho e Agosto haverá também uma digressão pela Covilhã e Castelo Branco, cujas datas e horários podem ser consultados no site do Teatro da Rainha.

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