A concessão a privados da sala de espectáculos da Invicta, anunciada esta sexta-feira por Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, em declarações à imprensa na sequência de uma reunião do Conselho Municipal da Cultura, diverge de propostas anteriormente apresentadas pelo próprio.
A questão mereceu aval positivo do órgão de carácter consultivo (no qual não estão representadas todas as forças políticas) e partiu de uma proposta conjunta da autarquia, do Governo e da Área Metropolitana do Porto (AMP).
Os fundamentos para esta opção é a de que é a única possibilidade para a realização das obras de reabilitação de que o Coliseu necessita, porque não existe verba financeira das instituições públicas.
A gestão da sala de espectáculos tem estado na esfera da Associação de Amigos desde 1995, solução cuja continuidade já tinha sido defendida pelo presidente da autarquia em reunião recente do Conselho Municipal de Economia.
A CDU já criticou Rui Moreira, em nota enviada à imprensa, por estar a agir, nesta questão, à «revelia» dos órgãos municipais e exige que estes sejam consultados nesta decisão.
No mesmo documento, os eleitos pela coligação defendem a manutenção da «gestão do Coliseu na esfera da sua Associação de Amigos, o que implica o empenhamento da autarquia e do Governo para, com fundos comunitários (que, como referiu a CCDRN [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte], são possíveis de utilizar com este objectivo), realizar as obras de reabilitação desta sala».
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