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Cinema português cada vez mais premiado no estrangeiro

Ice Merchants, de João Gonzalez, venceu o prémio de melhor curta-metragem nos prémios Annie, em Los Angeles e o filme Mal Viver, de João Canijo, venceu o Urso de Prata do Prémio do Júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim.

O cinema português está a destacar-se cada vez mais fora de portas e a arrecadar prémios em importantes festivais internacionais. A curta-metragem de animação de João Gonçalves que está nomeado para os Oscars venceu o prémio de melhor curta-metragem nos prémios Annie na madrugada de domingo. 

Esta foi a segunda vez que um filme portugues alcançou tal distinção. O Ice Merchants é o projecto final do mestrado em Animação de João Gonzalez tirado na Royal College of Arts e conta a história de um homem e do seu filho que saltam de paraquedas todos os dias, da sua casa fria localizada no alto de um precipício, para se deslocarem à aldeia que se situa na planície abaixo, onde vendem o gelo que produzem durante a noite. Já no ano passado a curta-metragem tinha já arrecadado o Prémio Leitz Cine Discovery do Festival de Cinema de Cannes.

Como se tal reconhecimento português não fosse já digno de registo, o filme Mal Viver, de João Canijo, venceu o Urso de Prata do Prémio do Júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim. A par deste feito, o realizador português conseguiu outro ao conseguir a proeza de ter dois filmes em simultâneo, embora em categorias diferentes, a concorrer aos prémios. O Mal Viver era candidato no concurso principal e Viver Mal na paralela Encounters.

A semelhança dos títulos é propositada uma vez que, para além de terem sido rodados em simultâneo, ambos partilham a mesma unidade de tempo e de espaço, sendo que a acção se passa no Hotel Parque do Rio, em Ofir.

Em Mal Viver o foco está nas tensões e relações de uma família que detém o hotel. O elenco conta com Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia Almeida, Vera Barreto e Madalena Almeida. Em Viver Mal são explorados os dilemas pessoais de cada personagem que está hospedada no hotel tendo como inspiração as de August Strindberg.e conta com Nuno Lopes, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Rafael Morais, Beatriz Batarda, Carolina Amaral e Leonor Vasconcelos. 

Esta distinções levam qualquer pessoa a pensar onde chegaria o cinema português se houvesse investimento público decente na Cultura.
 

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