O anúncio foi feito esta segunda-feira pela autoridades locais e Zahi Hawass, arqueólogo e egiptólogo que supervisionou a escavação. «Encontrámos apenas uma parte da cidade», avançou o perito à agência francesa AFP, que revelou que a mesma se situa na margem oeste do Nilo e «se estende para oeste e para o norte».
As escavações, que decorreram durante sete meses, permitiram expor diversos objectos nas ruínas, como peças de cerâmica, carne seca, joias, vinho, amuletos e pequenas estátuas, assim como templos de Ramsés III e Amenófis III.
Foi a partir dos selos afixados em cerâmica que se datou o local ao período do reinado de Amenófis III, que subiu ao trono em 1391 a.C. e que morreu em 1.353 a.C., herdando um império extensível do rio Eufrates, dos actuais Iraque e Síria, até ao Sudão.
«Não é apenas uma cidade», porque «também podemos ver a sua actividade económica», disse à AFP Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Geral de Antiguidades do Egipto.
Trata-se de «um local em bom estado de conservação, com paredes quase inteiras e divisões cheias de ferramentas da vida quotidiana», explicou.
Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egipto, lembrou ainda que «muitas missões estrangeiras procuraram esta cidade e nunca a encontraram».
Na semana passada, o «Desfile Dourado dos Faraós» transportou os restos mortais mumificados de 18 antigos reis, incluindo os de Amenófis III, e quatro rainhas pelo Cairo, do emblemático Museu Egípcio para o novo Museu Nacional da Civilização Egípcia.
Com agência Lusa
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