Arqueólogos dão início à difícil tarefa de restaurar Palmira

Nesta primeira fase do projecto, os especialistas vão estar empenhados na reconstrução do antigo Arco do Triunfo, dinamitado em 2015, tal como outros monumentos, por elementos do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico), que tinha invadido a zona arqueológica de Palmira, cerca de 270 quilómetros a nordeste de Damasco.

A etapa actual inclui a enumeração e a documentação de todas as pedras principais no local do arco derrubado, e a sua transferência posterior para outro sítio nas imediações, para que sejam ordenadas em grupos e numeradas de forma científica e sistemática, declarou à SANA o subdirector do Departamento de Antiguidades e Museus, Hummam Saad.

Saad revelou que, durante este processo de restauro, é consultada uma equipa de especialistas internacionais integrada por arqueólogos que antes trabalharam em Palmira na escavação e no restauro de antiguidades.

Foram também tidos em conta os padrões internacionais seguidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) nos sítios inscritos na lista de Património Mundial, acrescentou.

Depois de concluída a reconstrução do arco, terão início os projectos de restauro do Templo de Baal Shamin, do Tetrápilo, da fachada do anfiteatro de Palmira e do famoso Templo de Bel, todos dinamitados pelos terroristas, explicou Saad.

Por seu lado, a arqueóloga Natalia Solovyova, que dirige o Centro de Resgate e Restauro Arqueológico do Instituto de História da Cultura Material da Academia Russa das Ciências e é responsável pelo projecto de restauro do Arco do Triunfo, disse que a primeira fase inclui «o restauro moderno e precisa do Arco», com a aprovação da UNESCO.

Palmira, designada como Pérola do Deserto, foi declarada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1980, e em 20 de Junho de 2013 foi incluída na lista de sítios em risco. (Mais fotos aqui.)