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|Apoio às artes

Casa Conveniente defende que «concurso choca com a realidade»

Embora inelegível, a Casa Conveniente defende que a sua candidatura foi superior a 14 das contempladas. Resultado «choca com importância do trabalho» ao longo de 26 anos e ameaça futuro da companhia. 

Fundada a 26 de Junho de 1992, a Casa Conveniente passou do Cais do Sodré para a Zona J de Chelas, em 2014
Fundada a 26 de Junho de 1992, a Casa Conveniente passou do Cais do Sodré para a Zona J de Chelas, em 2014Créditos / Casa Conveniente

A Casa Conveniente sublinha num comunicado que os resultados do Concurso de Apoio às Artes não têm em conta também a realidade dos primeiros meses deste ano, altura em que a Casa Conveniente estreou dois espectáculos, no Teatro São Luiz e no Teatro Nacional D. Maria II, incluídos na programação submetida a concurso, «que se apresentaram durante semanas perante plateias esgotadas».

Foi no passado dia 15 que a companhia teve conhecimento, após pronúncia apresentada em sede de audiência de interessados, que à sua candidatura não foram aplicadas quaisquer alterações na pontuação atribuída anteriormente.

Denuncia, no entanto, que, apesar de excluída de qualquer possibilidade de apoio, a sua pontuação total foi superior a catorze das candidaturas contempladas. Motivo que leva a companhia a prosseguir com as diligências legais para contestar a decisão, considerada «uma sub-avaliação» do projecto a concurso. 

Além de chocar «com a realidade do impacto e importância do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos vinte e seis anos», a Casa Conveniente admite que a decisão final do Concurso de Apoio põe em causa o funcionamento e a continuidade do seu trabalho.

«Em risco está o prosseguimento de um trabalho de criação e experimentação artística com mais de 25 anos, o desenvolvimento dos espectáculos da série Ensaio para uma Cartografia, a execução de iniciativas sociais como as aulas de música ministradas na escola Luís Verney no Bairro do Condado [Marvila, Lisboa], o retomar do trabalho teatral desenvolvido desde 2009 no estabelecimento prisional de Vale de Judeus [Lisboa] e o festival de música Zona Não Vigiada, que tem sido um evento de notável impacto», lê-se no texto.

Palavras, leva-as o vento

A companhia sustenta ainda a sua indignação nas palavras do ministro da Cultura que, no passado dia 2 de Abril, declarou que «certamente não deixaremos cair estruturas que, quer pela sua história, quer pelo seu passado, quer pela actividade que têm hoje em dia, e pela renovação que têm sabido fazer, merecem apoio». 

A que se soma o facto «caricato» de, em Outubro de 2017, o Governo ter atribuído à directora artística da companhia, a encenadora e actriz Mónica Calle, o prémio Isabel Barreno –  Mulheres Criadoras de Cultura, «o mais recente de vários prémios obtidos na já longa carreira da Casa Conveniente».

Para a companhia, apesar de reformulado com a premissa de trazer melhoramentos, simplificação, desburocratização, apoio à diversidade e experimentação, o concurso resultou num «sistema armadilhado, com o poder de justificar o injustificável». 

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