A peça protagonizada por Raquel Castro, Paulo Pinto, Pedro Baptista, Joana Bernardo e Sara Inês Gigante parte d'A Gaivota, de Tchékhov, para mergulhar num território de autoficção, aquele em que a criadora e encenadora tão bem se movimenta. Depois de Turma de 95, A Morte de Raquel e As Castro, Ansioliticamente Falando fala também dos nossos dias e dos dilemas e ansiedades que comportam.
«Para fugir de si mesma, Raquel achou melhor não fazer mais um espectáculo autobiográfico. Decidiu então encenar a peça A Gaivota, de Anton Tchékhov. O plano parecia estar a correr bem quando voltou a dar de caras consigo mesma. Por mais que tente, a Raquel não se consegue ver livre dela. A sua vida está por toda a parte. Até em Tchékhov», lê-se na sinopse.
«Escolhi A Gaivota porque é um texto em que as personagens carregam essas imensas inquietações, este mal-estar que está presente em todas as peças do Tchékhov. Mas esta, em particular, é uma peça de que eu gosto muito ou que se calhar conheço um bocadinho melhor, e achei que era a peça certa para, eventualmente, poder criar paralelismos entre a vida e o texto», contou Raquel Castro ao AbrilAbril.
Ansioliticamente Falando está em cena no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB) até ao próximo domingo. Depois desta data estão já confirmadas apresentações no Teatro-Cine de Torres Vedras, a 15 de Novembro, e no Teatro-Cine de Pombal (distrito de Leiria), no sábado seguinte (22).
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