As estatísticas trimestrais do emprego, divulgadas ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmam a descida da taxa de desemprego para o valor mais baixo dos últimos sete anos. O valor, que não é ajustado de sazonalidade, fixou-se nos 10,5% no terceiro trimestre de 2016, menos 1,4 pontos percentuais face ao mesmo período de 2015.
Em termos homólogos, o emprego cresce mais entre os mais jovens (até aos 24 anos) e na população com mais de 45 anos. O número de trabalhadores por conta de outrem cresceu 2,1% no último ano, particularmente com contratos sem termo – mais 55 mil. O subemprego, trabalhadores que aceitaram trabalhar a tempo parcial por não encontrarem emprego a tempo inteiro, desceu 3,1% no último ano e há mais 70 mil trabalhadores a tempo inteiro.
Também o número de «inactivos disponíveis» que não não estão à procura de emprego, os desencorajados, desceu: são menos 42 mil do que há um ano. Ainda assim, o número de desempregados é superior a um milhão de trabalhadores portugueses, somado o subemprego e os desencorajados aos números oficiais.
Este é o valor mais baixo desde que o INE alterou a metodologia de cálculo do subemprego, em final de 2011. O número total de desempregados teve o seu pico no primeiro trimestre de 2013 , período em que ultrapassou 1,4 milhões de trabalhadores.