A presidente do sindicato, Manuela Niza, afirmou à imprensa que a greve teve também a adesão «de vários inspectores», o que significa que estes «reconhecem as especificidades» das funções dos trabalhadores não policiais e apoiam.
Este protesto, segundo o sindicato, pretende chamar a atenção para a «morte lenta do SEF», acrescentado que os funcionários não policiais têm um importante papel no serviço dado que «a parte documental é a primeira triagem de segurança, isto é, é na parte documental que se verificam algumas circunstâncias que depois podem espoletar a acção policial».
«Em que país europeu um serviço que dá lucro (e podia dar mais) e é de importância estratégica para o país vive de “remendos”, com recurso a colaboradores externos precários e não qualificados, colocando mesmo em causa, em casos extremos, aspectos da segurança nacional», refere um comunicado do Sinsef.
A dirigente sindical informou que ao nível do atendimento documental «está tudo parado», mas que os postos de fronteira estão a funcionar normalmente.
Segundo informação da Agência Lusa, a carreira não policial tem perto de 600 funcionários que trabalham no serviço documental, que inclui a emissão de passaportes, autorizações de residência e vistos gold, de um total de 1200 funcionários do SEF.
O Sinsef informou ter recebido na quinta-feira um ofício do gabinete da ministra da Administração Interna, referindo que a lei orgânica e o estatuto do pessoal estariam «praticamente prontos para discussão», uma notícia que a presidente do sindicato considera que «já vem é muito tarde», uma vez que fora prometido há dois anos.
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