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Trabalhadores do sector eléctrico e electrónico em luta por melhores condições

Representantes dos trabalhadores das empresas fabricantes de material eléctrico e electrónico concentraram-se hoje junto à sede da associação patronal, onde entregaram a carta reivindicativa para 2017, debatida nos últimos dois meses nos locais de trabalho.

Concentração dos trabalhadores do sector eléctrico e electrónico junto à sede da associação patronal
Concentração dos trabalhadores do sector eléctrico e electrónico junto à sede da associação patronalCréditos / Fiequimetal

Na carta entregue à Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico (ANIMEE) pelos sindicatos e a sua federação, a Fiequimetal, é lembrado, acerca das empresas, que «são milhões de euros de lucro alcançados com o esforço dos trabalhadores do sector».

As estruturas sindicais denunciam que a realidade vivida no interior das empresas contrasta com «a imagem vendida para fora», uma vez que por um lado existem empresas tecnologicamente avançadas e por outro «ritmos de trabalho penosos e desumanos e o recurso abusivo à contratação a termo».

Afirmam que os salários têm perdido poder aquisitivo, são impostos horários de trabalho agravados e são desrespeitadas as competências profissionais e académicas dos trabalhadores.

Por um lado existem empresas tecnologicamente avançadas e por outro, «ritmos de trabalho penosos e desumanos e o recurso abusivo à contratação a termo»

As carreiras profissionais do operador especializado e logística, de 9,5 anos, e dos técnicos fabris, de mais de 6 anos, estão desajustadas dos avanços tecnológicos introduzidos nos processos de trabalho nas últimas décadas, consideram os trabalhadores.

Segundo ainda é exposto na carta, a ausência de atribuição de diuturnidades aos trabalhadores admitidos a partir de Janeiro de 2013 e o não pagamento no recurso a situações de assistência à família, consultas médicas e outras são geradoras de situações de injustiça social e não contribuem para a melhoria da motivação dos trabalhadores.

«Os ritmos de trabalho desumanos caracterizam também uma das graves situações vividas neste sector, que tem contribuído para o aumento exponencial de trabalhadores portadores de doença profissional e que são vitimas de acidente de trabalho», é ainda afirmado na carta. Perante a situação, os trabalhadores exigem que seja respeitado o pagamento do complemento de baixa em caso de doença profissional ou acidente de trabalho e a colocação em postos de trabalho e horários compatíveis com o seu estado de saúde.

Os trabalhadores reivindicam, de forma imediata, um aumento do salário nunca inferior a 40 euros para cada trabalhador e a redução das carreiras profissionais de operadores especializados e de trabalhadores técnico-fabris

Tendo em conta este contexto, os trabalhadores reivindicam, de forma imediata, um aumento do salário nunca inferior a 40 euros para cada trabalhador e a redução das carreiras profissionais de operadores especializados e de trabalhadores técnico-fabris.

Defendem também a eliminação da discriminação na aplicação das diuturnidades, designadamente para os trabalhadores admitidos após Janeiro de 2013, e o cumprimento dos direitos de igualdade e de parentalidade.

A carta expressa ainda a exigência de que todos os trabalhadores com vínculo contratual precário que estejam a ocupar postos de trabalho permanentes passem a contrato de trabalho efectivo.

É igualmente defendida a redução progressiva dos horários de trabalho (sem diminuição da retribuição), em 30 minutos por dia, duas horas e meia por semana, em 2017, e a efectivação da formação profissional para todos os trabalhadores.

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