«Não há qualquer valorização do trabalho nem dos trabalhadores». Muitos ainda auferem, apesar de trabalharem na instituição desde o primeiro dia (a Casa do Alecrim foi inaugurada em 2013), o Salário Mínimo Nacional, denuncia, em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).
«Para além disso, a direcção promove a discriminação ao pagar a alguns trabalhadores mais 2 euros de subsídio de alimentação», proporcionando «a precariedade laboral através do recurso ao outsourcing, estando estes trabalhadores a fazer três e quatro turnos seguidos, ou seja, mais de 24h sem descanso».
A falta de trabalhadores é sentida diariamente, o que não permite cuidar, com a «dignidade» que merecem, de utentes que se encontram numa situação de grande fragilidade. Os funcionários da instituição deveriam trabalhar, como está acordado, 37 horas semanais: «no entanto, a directora elabora escalas de horário de 42 horas ou mais», o que leva a que muitos trabalhadores já tenham «mais de 200h extras» realizadas, «sem qualquer pagamento das mesmas».
Às 14h do dia de hoje, os trabalhadores da Casa do Alecrim vão promover uma acção de denúncia em frente à instituição, em Alapraia, no Estoril. Com o apoio do CESP, os trabalhadores vão exigir a melhoria dos salários, dois dias de descanso semanal, o cumprimento do horário de trabalho estabelecido e a melhoria das condições no lar.
A Casa do Alecrim, fundada e gerida pela associação Alzheimer Portugal, disponibiliza serviços individualizados e ajustados à realidade pessoal, familiar, social, psicossocial e situacional de pessoas com demência.
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