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Trabalhadores da Autoeuropa continuam a resistir

Os trabalhadores continuam a recusar a tentativa da administração de impor um horário que implica o trabalho obrigatório ao sábado. Esta semana, essa opinião reflectiu-se nos plenários realizados e as estruturas representativas defendem que as negociações têm que continuar.

Trabalhadores da Autoeuropa concentrados à entrada da fábrica de automóveis durante a greve contra o trabalho obrigatório ao sábado, em Palmela, 30 de Agosto de 2017.
Trabalhadores da Autoeuropa concentrados à entrada da fábrica de automóveis durante a greve contra o trabalho obrigatório ao sábado, em Palmela, 30 de Agosto de 2017.CréditosRui Minderico / Agência Lusa

Os trabalhadores da fábrica da Volkswagen em Palmela, nos plenários realizados esta quarta-feira, reafirmaram o seu descontentamento e a rejeição da imposição da administração de um horário que consideram pôr em causa a saúde e conciliação da vida pessoal com a familiar.

Neste contexto, foi aprovada uma proposta de um grupo de trabalhadores para a convocação de uma greve de dois dias, a 2 e 3 de Fevereiro, informou ontem à Lusa a comissão de trabalhadores (CT).

Segundo a estrutura representativa, durante os plenários foi também apresentado um caderno reivindicativo, que será, posteriormente, apresentado à administração da Autoeuropa, mas que «ainda não é um documento fechado» porque vai ser submetido a discussão durante o mês de Janeiro. Este é um documento de 24 pontos que incluiu várias matérias, como prémios por objectivos, progressão nas carreiras, seguro de saúde, apoio escolar, bem como uma proposta de aumentos salariais de 6,5% em 2018.

A próxima reunião sobre o novo horário entre a administração da Autoeuropa e a CT está prevista para o dia 8 de Janeiro, sendo que, na reunião da passada segunda-feira, segundo a comissão, a administração demonstrou uma postura intransigente.

Num comunicado publicado hoje, a direcção do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (Site Sul/ CGTP-IN) e a sua comissão sindical na Autoeuropa referem que «a postura de prepotência da administração em não satisfazer algumas das propostas dos trabalhadores, designadamente sobre as condições e regras do designado “horário da fase de transição”, só poderia resultar no surgimento de linhas de descontentamento e confusão que penalizam ainda mais os trabalhadores e a sua saúde e vida familiar e pessoal».

A estrutura sindical reafirma «a exigência da continuação das negociações, no sentido de se encontrar uma solução que responda às propostas dos trabalhadores».

O comunicado informa ainda que, «dando sequência à linha de trabalho do sindicato na procura da unidade e convergência de vontades das várias estruturas representativas dos trabalhadores, vai realizar-se hoje (22 de Dezembro) uma reunião com a comissão de trabalhadores», para além de também estar marcada para o próximo dia 9 de Janeiro uma reunião com a administração, onde continuarão a reivindicar «condições de trabalho que correspondam à vontade e interesses dos trabalhadores», «sem condicionalismos externos, demagogia e populismos», assumindo que, tal como na greve de dia 30 de Agosto, estarão com os trabalhadores «na construção da unidade».

Depois da rejeição, em plenário, de dois pré-acordos, a administração impôs unilateralmente o novo modelo para ser implementado em finais de Janeiro e que inclui 17 turnos semanais, com a produção obrigatória aos sábados a dois turnos, que se perspectiva até Agosto e inclui a promessa de prémios. Perante esta postura, a comissão de trabalhadores e o Site Sul demonstraram o seu repúdio, tendo defendido a continuidade das negociações.

A CT divulgou hoje um comunicado onde refere que «o clima de confusão e precipitação existente são da inteira responsabilidade da administração da empresa, ao qual não deixa de ser notório a tentativa de aproveitamento por parte de interesses exteriores totalmente alheios aos trabalhadores da VW Autoeuropa».

A CT considera «que existe tempo e condições para se chegar a um entendimento que melhor corresponda aos anseios dos trabalhadores», acrescentando que na reunião com o Site Sul «os dois órgãos reafirmaram em comum que persistem condições para o retomar das negociações com a administração».

[Actualizada às 20h15, depois de conhecer o comunicado da CT]

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