Neste momento, a possibilidade de virem a ser aplicados aumentos salariais (para além da valorização dos subsídios de refeição e de deslocação) está inteiramente dependente da aprovação do orçamento da SIC para 2024, que está a ser ainda elaborado. A vontade do CEO está, no entanto, dependente das «contas e os encargos da dívida», assim como dos interesses dos accionistas.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT/CGTP-IN) salienta que «o último aumento nos salários para todos os trabalhadores» ocorreu há cerca de 10 anos. Este ano houve um aumento generalizado no subsídio de refeição, mas o aumento salarial apenas foi aplicado a alguns trabalhadores: «as negociações salariais em 2024 devem ser diferentes e mais abrangentes», considera o sindicato.
É importante que o diálogo com a SIC continue, «porque há matérias como o trabalho suplementar, trabalho em dia feriado, isenção do horário de trabalho, etc... que têm de ser revisitadas urgentemente». «Numa conjuntura de elevado aumento de custo de vida, aumento das rendas de casa ou dos empréstimos para aquisição de habitação e de taxas de inflação muito elevadas» é impensável não avançar com a valorização urgente das carreiras/funções.
Nas reuniões realizadas recentemente com a SIC, a empresa referiu que «privilegia a interlocução interna, directamente com os trabalhadores e com a Comissão de Trabalhadores» (CT). Independentemente das preferências da administração, os papéis de cada uma destas entidades estão bem definidas nada lei: o STT «está sempre alinhado com o interesse e a vontade dos trabalhadores». O sindicato já transmitiu à CT da SIC «a sua disponibilidade para dar o apoio necessário, incluindo jurídico».
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