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O sindicato considera caluniosas as declarações sobre a greve dos assistentes de portos e aeroportos

Sitava acusa as empresas de segurança de quererem escamotear a «greve histórica»

O sindicato acusa a Associação de Empresas de Segurança de afirmações «caluniosas» sobre a greve de 27 de Agosto. Foi considerada uma greve histórica dos assistentes de portos e aeroportos, com 80% de adesão em Lisboa.

Plenário dos APA no dia da greve de 24 horas, a 27 de Agosto
Plenário dos APA no dia da greve de 24 horas, a 27 de AgostoCréditosSITAVA

No rescaldo daquilo que os sindicatos afirmaram ser a «maior greve da história dos assistentes de portos e aeroportos (APA)» no dia 27 de Agosto, que registou uma adesão de 80% no aeroporto de Lisboa, de mais de 60% no Porto e de cerca de 50% em Faro, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) rejeitou as «acusações caluniosas» da Associação de Empresas de Segurança (AES) e afirmou que vai «tomar as devidas providências legais» quanto às «irregularidades» ocorridas na greve realizada no sábado.

A AES denunciou a existência de ilegalidades na greve que decorreu nos aeroportos, na prestação de serviços mínimos, e de casos de assédio aos trabalhadores que iam para o seu posto. A resposta do Sitava não demorou, em comunicado, acusando os patrões de tentarem «escamotear com uma cortina de fumo a greve histórica dos assistentes de portos e aeroportos», em vez de «interiorizar as suas reivindicações». Revelou ainda que, quando questionou a Polícia de Segurança Pública (PSP) sobre se tinha conhecimento de «alguma ocorrência à margem da lei sobre a actuação dos piquetes de greve», a resposta foi negativa.

«Situações de assédio e coação moral e física verificam-se quase todos os dias aos trabalhadores da Prosegur e Securitas»

Sitava

Para o sindicato, a AES deveria ter percebido que «situações de assédio e coação moral e física verificam-se quase todos os dias aos trabalhadores da Prosegur e Securitas», que são «perpetradas pelas empresas». Acusam ainda de serem estas empresas que «atropelam a lei todos os dias», ao contrário dos trabalhadores.

Sobre a acusação de viaturas vandalizadas, o Sitava refere que «viaturas vandalizadas é o pão nosso de cada dia dos assistentes de portos e aeroportos, que têm de deixar as suas viaturas pelos Olivais e Encarnação, fazendo romarias em horas desapropriadas até ao seu local de trabalho».

O sindicato denunciou que no dia da greve «valeu mesmo tudo por parte das três multinacionais (Vinci/Prosegur/Securitas), como bem pôde ser testemunhado em directo pelas câmaras de televisão». O Sitava garante que irá «tomar as devidas providências legais sobre as inúmeras ilegalidades e irregularidades que se passaram» no dia da greve.

Relatos de trabalhadores mostram graves problemas nas condições de trabalho

Nesta greve esteve em causa, segundo o Sitava, os regimes inadequados de organização de tempos de trabalho, que afectam a segurança aeroportuária, a saúde dos trabalhadores e a consequente diminuição exponencial dos níveis de concentração para o exercício das funções. Para além disto, o sindicato denuncia que as empresas só aceitam a proposta de revisão salarial apresentada pelo SITAVA para 2016, na condição de este aderir a um Contrato Colectivo de Trabalho onde constam «regimes de flexibilização de trabalho totalmente desadequados para o ambiente aeroportuário».

«Muitos trabalhadores do controlo de segurança dos aeroportos comem na máquina de raio-x por falta de salas de refeições com condições»

No dia da greve, surgiram na imprensa vários relatos de trabalhadores da Prosegur sobre as suas condições de trabalho. Foram denunciadas situações como o facto de muitos trabalhadores do controlo de segurança dos aeroportos comerem na máquina de raio-x por falta de salas de refeições com condições, assim como terem que pedir para usar casas de banho de outras empresas que os deixem usar. Não existem balneáreos para poderem trocar de roupa. Também se queixam de não haver um parque de estacionamento para os trabalhadores poderem deixar os carros.

Falam ainda da dureza das escalas, de trabalharem 15 dias seguidos com duas folgas intercaladas ou várias vezes não terem os devidos dias de descanso, e de existirem hoje trabalhadores com formação de apenas cinco dias a fazer raio-x.

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