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Anunciada greve na Groundforce/SpdH

Os trabalhadores da Groundforce/SpdH irão realizar três horas de greve, com um plenário/concentração, no dia 5 de Dezembro pelas 11h à porta da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). Contestam o impasse que se vive na empresa de assistência em terra nos aeroportos.

Num comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) justifica por que a acção de protesto é na ANAC. Considera que a entidade reguladora, na pessoa do seu presidente, Luís Ribeiro, tem vindo a ser um grande obstáculo a todo o processo reivindicativo dos trabalhadores.

O sindicato enumera as várias questões: a ANAC é contra a certificação profissional e contra a definição de recursos mínimos, porque isso põe em causa a livre concorrência.

Também acusa a entidade reguladora de licenciar ilegalmente a Ryanair e a Groundlink e de ser um entrave ao acordo assinado entre o Sitava e o Governo. A estrutura sindical revela que a ANAC «arrasta há meses» o parecer sobre a reversão parcial da privatização da TAP, cuja previsão já passou para 2017, «o que se reflecte na não renovação do contrato da Groundforce/SPdH com a TAP».

«As negociações para a renovação do contrato da Groundforce com a TAP já deviam ter começado. A cada dia que passa os trabalhadores ficam mais intranquilos, porque não se concretizam as perspectivas de futuro»

Fernando Henriques, Sitava

«As negociações para a renovação do contrato da Groundforce com a TAP já deviam ter começado. A cada dia que passa os trabalhadores ficam mais intranquilos, porque não se concretizam as perspectivas de futuro», explicou à Lusa Fernando Henriques, coordenador do Sitava, referindo que o contrato em vigor se extingue a 31 de julho de 2017 e «em condições normais as negociações começam um ano antes».

O Sitava também se refere à anunciada venda das Lojas Francas à Vinci. Essa venda estava no projecto da consultora americana Boston Consulting Group, e, para o sindicato, tal demonstra que o projecto está em execução e «a todo o vapor». A estrutura já havia tomado posição sobre este projecto, considerando «que visa transformar a TAP numa low cost, em que os trabalhadores sejam também eles low cost».

O sindicato acusa o Governo de nada fazer, «escudando-se na falta de decisão da ANAC» sobre a reversão da privatização, em que o Estado volta a ficar com 50% do capital do grupo TAP.

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