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Sindicato diz que houve «golpada» no referendo ao banco de horas do Pingo Doce

O CESP afirma que o processo «não foi isento», nem «transparente», já que excluiu os representantes dos trabalhadores, e vai impugnar o referendo ao banco de horas grupal. 

Interior de loja Pingo Doce. Foto de arquivo
Créditos / Barlavento

«Ao contrário do que o grupo alega», o referendo realizado entre 16 de Julho e 3 de Agosto «não foi isento, não foi independente e não foi nada transparente», denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) através de comunicado. 

A estrutura afirma que, além da decisão de impugnar o processo em tribunal, já enviou uma denúncia à Comissão Nacional de Protecção de Dados pelo facto de o grupo Jerónimo Martins ter fornecido «dados pessoais e intransmissíveis de cada um dos seus trabalhadores, sem o consentimento dos mesmos», a duas empresas externas.

Adianta que a empresa não informou os sindicatos sobre o número de trabalhadores com direito a voto – factor essencial para o apuramento dos resultados –, tal como não disse claramente quem exerceu o direito a voto, «sendo que alguns são trabalhadores com contrato a termo, para reforço de férias ou substituição de trabalhadores ausentes».

«No decorrer do referendo, chegaram ao sindicato várias denúncias de trabalhadores, nomeadamente, que algumas chefias ameaçaram os trabalhadores que votaram "Não" de que estes nunca mais iriam receber prémio», refere o CESP, que aproveita para indagar: «Como sabe o Pingo Doce que os trabalhadores votaram Não?»

A estrutura sindical dá conta de trabalhadores que votaram no gabinete da gerência, «alguns no computador do gerente, sempre com ele presente», e que, «em alguns casos, era o próprio que introduzia os dados, sem os trabalhadores os fornecerem».

«Até houve o caricato de um caso, na logística, de uma trabalhadora de baixa que foi contactada pela supervisora [para] solicitar os dados pessoais para aceder à plataforma e votar por ela», elucida o CESP. 

Acrescenta ainda que, numa das lojas do Norte do País, «as chefias acederam aos dados pessoais dos trabalhadores e votaram pelos mesmos», e casos de trabalhadores que se encontravam de baixa e «foram muito pressionados pelas chefias para irem à loja votar, sendo que já tinham votado por correspondência».

O referendo, que acabou com cerca de 80% de votos favoráveis, já havia sido denunciado pelo CESP por considerar que violava «a lei que consagra expressamente o direito à organização do trabalho em condições socialmente dignificantes de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar».

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