«Os trabalhadores já deram tempo demais à administração e até desmarcaram uma greve», recorda a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel,Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN). Em troca, não receberam mais do que uma «mão cheia de nada».
No comunicado enviado pela federação ao AbrilAbril, é denunciada a estratégia da Euroresinas, parte do grupo Sonae Arauco, que há mais de um ano arrasta as negociações, prometendo sempre a eventual resolução dos problemas apontados pelos trabalhadores mas nunca cumprindo com a sua palavra.
Em cima da mesa está o «aumento dos salários, a progressão na carreira, a eliminação da precariedade na fábrica, a exigência de um seguro de saúde igual para todos e a atribuição de um subsídio de transporte».
Os trabalhadores decidiram avançar para este processo de luta num plenário realizado a 22 de Outubro. As portas para iniciar novo processo negocial continuam abertas, desde que este gire em torno de propostas concretas e não de generalidades, como tem sido apanágio.
A greve terá lugar entre as 0h do dia 3 de Novembro e as 8h de 12 de Novembro. Os trabalhadores reúnem-se amanhã, pelas 8h, à porta da fábrica na Plataforma Industrial de Sines.