Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|exploração

Sai um king-size de abusos patronais no Burger King do Espaço Guimarães

A empresa não paga o trabalho suplementar, não assegura as 40 horas de formação profissional, não tem balneários ou casas de banho, discrimina nas promoções, não respeita as 10 horas de descanso mínimo. E isto é só o começo.

Burger King 
Burger King Créditos / NiT

De pequenino se explora o trabalho do menino. O abuso dos trabalho de jovens e de estudantes é uma realidade nas lojas do Burger King nos Estados Unidos da América ou em Portugal: faz parte da receita. O problema dos salários muito baixos, «congelados» (como não podia deixar de ser) «há anos», é a base sobre a qual assenta toda uma estrutura de abusos, «chantagens e hostilidade», afirma comunicado do Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN).

Há lojas, como é o caso da do Centro Comercial Espaço Guimarães, onde os trabalhadores «nem balneários têm há mais de seis meses, não têm cacifos para guardar a roupa, são obrigados a mudar de roupa no escritório da loja, sem condições mínimas, e a usar as casas de banho do público».

Os horários «não asseguram estabilidade», explica o SHN. são alterados «de um dia para outro», impedindo os trabalhadores «de conciliar a sua actividade profissional com a vida pessoal e familiar», um situação agravada para os trabalhadores-estudantes «que saem do serviço às 23h30 e que têm de estar na escola às 9 horas do dia seguinte». Os trabalhadores do Burger King nem são, sequer, consultados na elaboração e alteração dos horários, nem os delegados sindicais, «conforme a Lei obriga». Em muitas situações nem sequer «é respeitado o intervalo mínimo de descanso de 10 horas de um dia para o outro».

As situações identificadas continuam: a empresa não assegura as 40 horas anuais de formação profissional e a pouca que dão é fora do horário de trabalho, nunca paga. O trabalho suplementar também não é pago, mesmo depois de exigido pelos trabalhadores, sendo em alguns casos registado indevidamente, para beneficiar a empresa. Empresa essa que não tem quadro nas lojas para a afixação da informação sindical, violando a Lei portuguesa.

Quando os trabalhadores reclamam das condições de trabalho, a empresa «retalia, hostiliza, cria ambiente intimidatório, dá-lhes os piores horários, obriga-os a fazer limpezas às quais não estão obrigados». Sem possibilidade de contacto entre a empresa e as estruturas representativas dos trabalhadores, cujos pedidos de reunião são permanentemente ignorados, o SHN já apresentou denúncia à ACT e solicitou a realização de uma reunião mediada pelo Ministério do Trabalho.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui