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|precariedade

Trabalhadores científicos de Lisboa entregam abaixo-assinado à reitoria

Protesto contra a precariedade na Universidade de Lisboa

Os trabalhadores científicos da Universidade de Lisboa concentraram-se junto à reitoria para exigir que a instituição cumpra a lei e ponha termo aos vínculos precários, onde entregaram um abaixo-assinado com mais de 600 subscrições.

Protesto dos trabalhadores científicos da Universidade de Lisboa, junto à reitoria. 20 de Julho de 2017
Protesto dos trabalhadores científicos da Universidade de Lisboa, junto à reitoria. 20 de Julho de 2017Créditos

Para além do protesto desta manhã, estava pedida uma audiência com o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, para a entrega do documento com as exigências dos trabalhadores. O abaixo-assinado acabou por ser recebido pelos serviços da reitoria, que se comprometeram com uma reunião quando Cruz Serra «tiver disponibilidade».

Em causa está o cumprimento de normas legais pela instituição, nomeadamente através do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) e dos concursos ao abrigo da norma transitória do decreto-lei do Emprego Científico, alterado em Agosto do ano passado, que prevê a vinculação dos «bolseiros doutorados (com doutoramento há mais de três anos)», no prazo de um ano.

Os «investigadores, técnicos, divulgadores de ciência e gestores de ciência com vínculos precários» da Universidade de Lisboa querem que a instituição «defina que os seus representantes na Comissão Bipartida de Avaliação das candidaturas ao PREVPAP apoiem as candidaturas destes trabalhadores» e abram os concursos previstos no decreto-lei do Emprego Científico.

De acordo com informação da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), a iniciativa de hoje «vem na continuação da iniciativa do núcleo da ABIC de Coimbra no passado dia 11», quando realizaram uma concentração junto da reitoria da Universidade local.

Em declarações à Lusa, o António Cruz Serra afastou a vinculação dos trabalhadores em situação de precariedade com argumentos idênticos aos citados pelo reitor da Universidade de Coimbra. «Os concursos não poderão ser abertos até que haja reforço orçamental para os poder suportar», afirmou.

O documento entregue recorda que «a Universidade de Lisboa não sobreviveria sem estas pessoas e o seu trabalho» e afirma que, «após décadas de precariedade», a «oportunidade de vincular os trabalhadores precários do Sistema Científico e Tecnológico Nacional às instituições nas quais trabalham não pode de forma alguma ser desperdiçada».

Na acção, esteve presente uma delegação do PCP, integrada pela deputada Ana Mesquita.

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