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Professores: na falta de respostas não faltará luta

As organizações sindicais de docentes não desarmam e vão avançar com uma caravana pelo país intitulada «Pela Profissão Docente e pela Escola Pública». A  Estrada Nacional 2 será o caminho da luta. 

Centenas de professores concentraram-se, no dia 3 de Janeiro de 2023, em frente ao Ministério da Educação, Lisboa, enquanto uma delegação da Fenprof entregava um abaixo-assinado com mais de 43 mil assinaturas de docentes e educadores ao ministro João Costa, contra as propostas de alteração ao regimo de concursos apresentada pelo Governo PS. 
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Depois de parar por duas vezes nas várias capitais de distrito com greves em simultâneo, os professores vão desta vez fazer o país de lés-a-lés numa caravana reivindicativa.  É a FENPROF que dá a conhecer a acção numa nota de imprensa assinada ASPL, FENPROF, Pró-ordem, SEPLEU, SINDEP, SIPE, SPLIU e SIPE. 

A caravana terá como lema «Pela Profissão Docente e pela Escola Pública» e irá arrancar de Chaves a dia 22 de Maio, terá sete etapas, e passará por 30 cidades até chegar a Faro no dia 30. Por onde passar irão desenvolver-se acções de contacto com as populações, concentrações e plenários de professores, entre outras actividades.

A ideia é ter um processo preparatório para as manifestações que irão ocorrer no dia 6 de Junho que terá como elemento central os resultados das negociações com o ministro da Educação que estão a ocorrer. 

Recorde-se que ontem a FENPROF abandonou a reunião de negociação suplementar que estava a ter com o ministro da Educação por considerar que havia uma «postura anti-democrática». Segundo a federação sindical da CGTP-IN, o ministro da Educação revelou que o documento que apresentou na primeira reunião de negociação não vai sofrer qualquer alteração, mesmo após a realização de três reuniões políticas e de uma outra de teor técnico, algo que a FENPROF caracteriza de «uma encenação».

Na senda da reacção após a saída da reunião, a FENPROF acusa o Ministério de «prosseguir com os procedimentos disciplinares contra os professores que fizeram a greve da Administração Pública a 17 de março, para a qual não estavam decretados serviços mínimos» e afirma que «irá apresentar ao DIAP de Lisboa todos os casos de que tem conhecimento de faltas injustificadas e processos disciplinares aplicados indevida e ilegalmente a estes professores e educadores».

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