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|desregulação de horários

Pingo Doce quer abrir às 6h30 e convoca trabalhadores pelo WhatsApp

À boleia das medidas do Estado de Emergência, a empresa decidiu unilateralmente abrir os supermercados às 6h30, pondo em causa o descanso dos trabalhadores e sem avançar eventuais compensações.

CréditosNuno Fox / Lusa

A Jerónimo Martins vai antecipar a abertura da «maioria das suas lojas» Pingo Doce para as 6h30, ao fim-de-semana, a pretexto das limitações de circulação e para «evitar a concentração de pessoas durante a manhã», apesar destes supermercados se manterem abertos até às 22h, ao abrigo das excepções do recolher obrigatório nos 121 concelhos identificados pelo Governo.

«Tudo isto está a ser feito a custo zero para o empregador, uma vez que entra em cena o famoso banco de horas e não há lugar a pagamento das horas extraordinárias»

Filipa costa, Cesp

Contactado pela Lusa, o grupo Jerónimo Martins não esclareceu ainda como pretende organizar os turnos dos trabalhadores por forma a abrir mais cedo, nem como será feita a compensação pelas eventuais horas extra.

Também a Sonae MC adiantou à Lusa que, «tal como aconteceu na primeira vaga da pandemia», está a «analisar a situação e a ajustar os horários das lojas Continente a cada concelho».

Em declarações ao AbrilAbril, Filipa Costa, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN), denunciou que esta decisão resulta em «atropelos aos direitos dos trabalhadores». 

«Estamos a receber muitas queixas de trabalhadores sobre a abertura antecipada para as 6h30, já anunciada por um grupo de distribuição, nos próximos dois fins-de-semana», revelou a dirigente.

«O que está a acontecer, em muitos casos, é que a chamada para os trabalhadores entrarem às 6h30 e trabalharem dez horas num dia, está a ser feita, muitas vezes, através dos grupos de WhatsApp criados em muitas lojas», sublinhou Filipa Costa. 

«Quem trabalha à tarde também está a ser chamado para entrar mais cedo e fazer mais horas, e tudo isto está a ser feito a custo zero para o empregador, uma vez que entra em cena o banco de horas e não há lugar a pagamento das horas extraordinárias», disse.

A dirigente lembra que, para as lojas abrirem às 6h30, como anunciou o grupo Pingo Doce, há quem tenha de entrar às 4h, para preparar essa abertura, o que, para além de ser um ataque em termos de direitos laborais, tem necessariamente um grande impacto na vida familiar destes trabalhadores.

Filipa Costa referiu também que o convite aos clientes para madrugarem «é acompanhado de promoções especiais», como descontos em brinquedos, no caso do Pingo Doce.

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