Ontem foi dia de luta no sector das carnes, os trabalhadores não se esconderam e a par da greve realizaram uma acção de protesto no Montijo, tendo feito um desfile da fábrica da Izidoro, no Montijo, até à Associação Patronal (Associação Portuguesa dos Industriais das Carnes).
Nessa acção, além dos trabalhadores da Izidoro, foram também os trabalhadores da Nobre que reuniram antes, manhã cedo, em plenário, em frente à sua fábrica de Rio Maior. Nesse plenário os trabalhadores decidiram o agendamento de nova acção de luta, marcando uma greve para os dias 2 e 3 de Novembro.
Esta será a sexta greve este ano, uma medida que se torna urgente dada a falta de resposta da empresa em função das cinco anteriores, mesmo depois das declarações de solidariedade dos trabalhadores das restantes fábricas do grupo na Europa.
O sindicato que abrange a empresa, o Sintab, considera que tal inflexibilidade «demonstra, de forma clara, a posição ideológica da administração, contra a melhoria dos salários e dos direitos dos trabalhadores, avessa à contratação coletiva, numa atitude de total oposição à evolução da sociedade».
As reivindicações dos trabalhadores são simples e da mais elementar justiça. Estes exigem aumentos salariais que mantenham a sua capacidade económica, e das suas famílias, face à enorme inflação de preços dos últimos anos.
A par disto, exigem a manutenção da perspectiva de carreira, e valorização das suas funções, que se perderam com a caducidade da contratação colectiva, promovida pelos patrões do sector em conluio do Governo, que bloqueia o processo de negociação há, pelo menos, 5 anos.
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