Com um resultado líquido de 183,2 milhões de euros no ano passado, o que significa um aumento de 47,4% face aos lucros de 124,2 milhões registados em 2020, o desempenho da operadora de infra-estruturas de transporte em Portugal que gere, por concessão, as auto-estradas do País, começa a aproximar-se dos valores pré-pandemia (204,5 milhões em 2019).
Apesar da trajectória, mantém-se a «indisponibilidade» e a «velha intransigência» face às propostas dos trabalhadores, critica o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), através de comunicado.
Depois de mais um ano particularmente gravoso para os trabalhadores, com perdas significativas de rendimento, é imperioso «acabar com a política de baixos salários prosseguida por patronato e Governo». A lista de reivindicações dos trabalhadores da Brisa, a operadora de infra-estruturas de transporte em Portugal que gere, por concessão, as auto-estradas do País, é extensa mas nem por isso menos justa. Propostas que o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) quer ver plasmadas na revisão do Acordo de Empresa (AE) de 2022. O CESP vai avançar com um processo contencioso para obrigar a Brisa ao pagamento dos feriados de escala a todos os trabalhadores e ao cumprimento do acordo de empresa. Foi de forma «parcial e discriminatória» que a Brisa realizou o pagamento dos feriados de escala a alguns trabalhadores, à revelia do próprio Acordo Colectivo de Trabalho, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN). Lembrando que foram gerados «ganhos gigantescos» para os accionistas através da venda de 80% da empresa, apesar de muitas famílias atravessarem «um período crítico» devido à perda de rendimentos, o CESP afirma que os trabalhadores não aceitam o que consideram ser um «comportamento discriminatório». «Exigimos tratamento igual para todos, que passa pelo pagamento imediato dos feriados de escala a todos os trabalhadores», pode ler-se na nota, onde se acrescenta que foi decidido avançar o processo para o contencioso de forma a repor a legalidade. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A associação sindical quer incluir um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores da empresa, assim como um aumento de 5% nas cláusulas de expressão pecuniária. Outras das exigências dos trabalhadores passam pela concretização do horário semanal de 35 horas, para todos os trabalhadores, e a consagração dos 25 dias de férias anuais. A atribuição de um «subsídio de risco aos trabalhadores que operam nas vias sem interrupção de tráfego», configura-se indispensável do ponto de vista do sindicato, pelo elevado risco, e gravidade, de acidente que este trabalho comporta. «Os trabalhadores da Brisa exigem ver reflectidos nos seus vencimentos o esforço da contribuição prestada no desenvolvimento da empresa e para as brutais mais-valias realizadas pelos principais accionistas», afirma o CESP, que, «mais uma vez e após reiterados apelos junto da empresa», se viu «forçado a enviar uma denúncia à autoridade para as condições de trabalho sobre um conjunto de problemas que a empresa persiste em ignorar», nomeadamente na fixação das escalas, obrigatórias por lei, e a pressão de ar excessiva dos pneus das viaturas da assistência rodoviária, que põe em risco os trabalhadores. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores da Brisa querem um ano novo com mais direitos
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CESP processa Brisa pelo pagamento dos feriados
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No processo de revisão do Acordo de Empresa para 2022, a empresa liderada por Pires de Lima insiste numa actualização salarial de 0,5% e rejeita medidas como novas diuturnidades e a eliminação do limite de 25% sobre o ordenado-base, que, diz o CESP, «penaliza fortemente as remunerações mais baixas», como as dos trabalhadores da obra civil, «os mais afectados pelas políticas de baixos salários».
No ano em que a empresa comemora os seus 50 anos, o sindicato admite que «uma parte significativa dos seus trabalhadores não terá certamente motivos para comemorações». Apesar do aumento das mais-valias, a Brisa opõe-se ainda a medidas como o dia de tolerância de ponto e a atribuição de 25 dias de férias.
O CESP, que exige um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores e de 5% nas cláusulas de expressão pecuniária, afirma que os trabalhadores da Brisa exigem ver reflectidos nos seus vencimentos «o esforço da contribuição prestada no desenvolvimento da empresa e para as brutais mais-valias realizadas pelos principais accionistas».
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